Músicos encantam com “Meu Pago de 200 Anos de História”

Personalidades que fundamentaram a história em Cachoeira do Sul ganham vida através de músicos que prestam a sua homenagem a Cachoeira do Sul neste dia 5 de agosto, data em que a cidade comemora sua emancipação política e administrativa. Músicos e música são os destaques do vídeo que homenageia o hino de Cachoeira do Sul “Meu Pago” que tem letra de Moacir Cunha Rösing e ganhou arranjos de Dilber Alonso e Lufe Duarte.
“A música por si só tem um papel importante na sociedade e os hinos criam uma atmosfera de identificação com a terra, e quando uma canção – enquanto gênero musical – se torna hino é por que o motivo que conecta o cidadão ao pago é muito forte em relação aos sons, à melodia e claro ao texto” explica.
Dilber Alonso, que atuou na direção geral trabalho, frisa ainda que os arranjos de “Meu Pago” ganham versões diferentes tais como: flauta, violino e piano, criando uma sonoridade de saraus, que fazem parte da história da cidade, onde as famílias se reuniam para ouvir música em pequenas formações instrumentais na sala de sua casa. “Residem na lembrança dos cachoeirenses os saudosos saraus na casa “dos Abreus” ou mesmo no sobrado “dos Barcelos”. Mesmo essas famílias sendo tradicionais, essa cultura permanece viva em todas as famílias. Onde tem músicos, todos se reúnem para tocar e cantar em suas casas”, comenta.
O arranjo também ganhou um trio de violões, dando destaque aos talentos da cidade. Os concertistas e bacharéis em violão Felipe Radünz e Lufe Duarte, são cachoeirenses de destaque como solistas de violões de concerto. Fecha o trio, junto nessa formação, o professor Ezequiel da Rosa, que atua com educação musical na cidade e como compositor é destaque na Vigília do Canto Gaúcho.
Instrumentos de banda de sopros e percussão também estão na formação com destaque para as bandas musicais e marciais que trazem uma tradição em nossa cidade desde a Banda União dos Artistas de Venâncio Trindade, quanto a Estrela Cachoeirense do Roberto Silva, ambas dos anos 1870. “Cachoeira tem um histórico cultural de bandas. Os professores do Projeto Orquestra escola, idealizado pela pianista Jussara Ghignatti, merecem destaque, pois juntamente com a Banda do 3º Batalhão de Engenharia dão um colorido a essa seção instrumental”, justificou o Dilber.
O ROCK E ORQUESTRA SINFÔNICA – Nessa formação, os sons tomam proporções jovens, com guitarras, baixos e bateria marcantes. O ritmo desde os nos 60 internacionalizou as expressões artísticas, representa os amores, as paixões e toda sua efervescência. Há também os sons da Orquestra Sinfônica. Esse é o grupo instrumental mais utilizado para dar sons e vida aos hinos mundo fora. São plenos nas riquezas tímbricas e texturas instrumentais coloridas. Nessa orquestração, o “Meu Pago” ganha vida e se imortaliza aos sons dos professores do projeto orquestra escola de Cachoeira do Sul com tímpanos, violinos, violoncelos, contrabaixos acústicos, oboé, flautas transversais, clarinetas, trompetes e trombones. “Fechamos o vídeo com uma cena de esperança com o jovem aluno de flauta de nossa cidade, o pequeno Oliver, que junto com a professora Marina, fecham a cena com o “levare” do Maestro Dilber Alonso, dando esperança a todos nessa homenagem aos 200 anos de nossa cidade, símbolo de lutas, conquistas e vitórias”.

Os personagens de nossa história musical recente ganham vida nesses 200 anos com:
– Dilber Alonso – Encenando o Maestro Miguel de Iponema que ganhou destaque em nossa cidade como clarinetista e regente da banda Estrella Cachoeirense fundada em 1870.
– Maestro João Batista Sartor – Encenando o Maestro Arno Matte, flautista e maestro que fundou o departamento cultural e artístico da Sociedade Rio Branco em 1946, junto a este uma orquestra Sinfônica que fez durante décadas a cultura musical em Cachoeira ser destaque no estado do Rio Grande do Sul, logo nos anos 70 o maestro Arno Matte passou a integrar a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre até o fim da vida.
– Lara Montero – Encenando Favana da Trindade, um grande nome da musica de nossa cidade, tocava também cítara, e atuou como professora de música a moças a partir dos anos de 1885, com forte atuação nos eventos musicais da igreja católica, onde organizava o coro e recitais.
– Marina Montero – Encenando Victória da Trindade. Irmã de Favana, ambas as filhas do Maestro Venâncio Erico da Trindade, mulheres que fizeram a história de nossa música acontecer, inspirando outras mulheres, esta além de flautista atuava como professora de canto, solfejo e violino.
– Miguel Zanotelli – Encenando o Maestro Curt Dreyer, natural da Alemanha, teve forte atuação em nossa cidade, foi mestre de capela na igreja Luterana em Cachoeira, e também trabalhou como chefe da Orchestra do Teatro Colyseu, na época do cinema mudo, coordenava uma orquestra no teatro, teve grande destaque em Porto Alegre e Rio de Janeiro, aqui fez inúmeros arranjos orquestrais e atuou no ensino de muitas gerações como pianista e cellista, nos anos de 1930, diretor e professor do conservatório de musica Riograndense em nossa cidade.
– Narração: Rosane Rösing (Filha de Moacir Cunha Rösing/ Compositor de Meu Pago e Ex-Prefeito de Cachoeira do Sul). O texto poético descritivo no vídeo foi elaborado na perspectiva de como o autor da canção expressaria seu amor à Cachoeira, cidade que lhe acolheu e onde ele escolheu pra ser seu pago. Todo sentimento da narrativa é narrado pela filha compositor que tem em nossa cidade um forte trabalho na área literária e artística, sendo destaque em suas narrativas e recitas.

Confira o video:

REALIZAÇÃO:
– Prefeitura Municipal de Cachoeira do Sul
– Núcleo Municipal da Cultura
– Coordenadoria de Projetos Sociais e Culturais.
APOIO
– Sociedade Rio Branco
– Museu Municipal
– 3º Batalhão de Engenharia de Combate
FICHA TÉCNICA
NARRAÇÃO: Rosane Rösing
MÚSICOS DO PROJETO ORQUESTRA ESCOLA (2018-2020)
Idealizado pela pianista Jussara Ghignatti
– Adriane Diniz – Oboé
– Marina Montero- Flauta Transversal
– Kleiton Prestes – Clarineta
– Éder Gonçalves – Clarineta
– Lara Montero- Violino
– Ana Clara Lamonaca – Violoncelo
– Fábio Chagas – Violoncelo
– Guilherme Glienke – Contra Baixo

MÚSICOS CONVIDADOS
– Rafael Rorato – Percussão Sinfônica
– Lucas Rafael – Clarone
– Lufe Duarte – Violão /Concertista
– Felipe Radünz – Violão/Concertista
– Miguel Zanotelli – Piano/Concertista
– Maestro João Batista Sartor – Maestro da Orquestra Sinfônica de Santa Maria.
MÚSICOS DO PROJETO MUSICALIZAÇÃO DO CAMPO (2018-2020)
– Felipe Lindermeier – Guitarra
– Ezequiel da Rosa – violão
– PARTICIPAÇÃO DA BANDA DO 3º BATALHÃO DE ENGENHARIA DE COMBATE
– IMAGENS Muti Produtora
– DIREÇÃO GERAL Dilber Alonso