Exames apontam que mulher que morreu cidade gaúcha não tinha Covid 19. Mas laudo médico diz que sim

A causa da morte de uma idosa de 80 anos, incluída entre as 125 vítimas que adoeceram e faleceram em função do novo coronavírus, no Rio Grande do Sul, abriu divergência entre a secretaria da Saúde de Esperança do Sul, município de cerca de 3 mil habitantes, na região Central, e a pasta da Saúde em nível estadual.

Em nota divulgada nessa manhã, a secretaria municipal busca esclarecer o que chama de “informações desencontradas referente ao óbito”. O órgão salienta que três testes realizados na paciente, um deles emitido pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul (Lacen-RS), deram negativo para a Covid-19. Com isso, a secretaria de Esperança do Sul sustenta que o óbito “não se deu por infecção por Coronavírus”. No mesmo comunicado, porém, a Pasta cita o atestado de óbito preenchido pelo médico que atendeu a idosa no Hospital de Caridade de Três Passos, que cita, como causa do óbito, “insuficiência respiratória e infecção por COVID-19”.

Já a Secretaria Estadual de Saúde (SES) lançou nota explicando que, apesar de resultado laboratorial negativo, o caso da idosa de Esperança do Sul vai ser mantido na lista de óbitos atribuídos ao novo coronavírus. “Trata-se de um diagnóstico feito pelo critério clínico epidemiológico. Ou seja, a confirmação deu-se em virtude dos sintomas apresentados pela paciente (quadro clínico) e o contato próximo a outras três pessoas com sintomas da doença e que tiveram resultado positivo para o novo coronavírus por testes rápidos (histórico epidemiológico)”, explica a SES. Ainda de acordo com o comunicado, guias de vigilância sanitária nacionais e internacionais prevê que, para situações como essa, sejam levados em conta critérios reconhecidos na área da epidemiologia.

 

 

 

Rádio Guaíba