Professores de todos os Campus da UFSM aprovam estado de greve

Mais de 160 professores dos quatro campi daUniversidade Federal de Santa Maria (UFSM) aprovaram estado de greve pela cobrança de reajuste salarial. Com85 votos favoráveis  nesta segunda-feira (8) durante assembleia realizada pela Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Santa Maria (Sedufsm), campus sede em Santa Maria. Isso significa que os professores não devem aderir à paralisação a partir do dia 15 (medida adotada por outras instituições federais do país), mas, a qualquer momento, os servidores poderão deflagrar greve. 

A primeira proposta sobre o indicativo de greve (quando existe uma previsão de data para o início da paralisação) recebeu 82 votos favoráveis. Já a segunda proposta, sobre o estado de greve (decisão que prevê mobilização e movimentos de conscientização sobre a causa), teve 85 votos a favor. A reunião durou cerca de 2h e teve a participação de professores dos quatro campi da UFSM. Equipes de Cachoeira do Sul, Palmeiras das Missões e de Frederico Westphalen colaboraram via chamada de vídeo. Com a decisão, será feita uma paralisação parcial, em apenas um dia na semana. Cada professor tem o direito de aderir ou não à medida.

— A partir de hoje, em qualquer momento, podemos entrar em greve chamando uma nova assembleia. Mas nós estamos em permanente mobilização. Então, a partir do estado de greve, teremos um dia de paralisação e um dia de Assembleia na próxima semana. Mas, dependemos também do que as outras federais vão decidir — explica a diretora de comunicação da Sedufsm, Neila Baldi.

A reunião mencionada por Neila será realizada na quarta-feira (10), em Brasília, e pode mudar o rumo da mobilização. O presidente da Sedufsm, Ascísio Pereira, estará presente na capital federal para acompanhar os desdobramentos e levar as reivindicações apontadas.

Conforme a Sedufsm, na mais recente reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente, o Ministério da Economia, representado pelo secretário José Lopez Feijó, reiterou a proposta do governo de reajuste de 0% para o ano de 2024. 

Por outro lado, a bancada sindical expressou sua indignação com a falta de avanços por parte do governo. As entidades sindicais também destacaram que a proposta de congelamento salarial para 2024 é inaceitável e desrespeitosa para as categorias.

 

Confira o calendário da série de ações com o objetivo de debater o reajuste salarial da categoria:

  • 10 de abril – Reunião do setor das Ifes
  • 15 de abril – Indicativo de deflagração de greve da base do Andes-SN
  • 16 a 18 de abril – Jornada de lutas do Fonasefe, com atividades em Brasília, que inclui audiência pública na Câmara Federal (dia 16), caravana e marcha em Brasília dos servidores (17) e atividades setoriais, possibilidade de ato no MEC das entidades da Educação (18)

 

 

Com informações Diário Santa Maria