Cachoeirenses entram na luta pela Duplicação da BR 290

Liderada por um grupo de cinco deputados estaduais, entre eles o cachoeirense Cláudio Tatsch, a Frente Parlamentar da Duplicação da BR 290 conduziu nesta segunda-feira uma plenária pública de mobilização pela obra. A duplicação iniciou-se em 2014 e que contempla o trecho entre Eldorado do Sul e Pantano Grande.

Ocorrido no Teatro Dante Barone, na Assembleia Legislativa, o evento contou com a presença de autoridades políticas, sindicais e de entidades representativas dos municípios que localizados às margens ou próximos da rodovia. De Cachoeira do Sul estiveram no encontro a vice-prefeita Ângela Schuh, a presidenta da Cacisc, Maria Luiza Bonini, e Carlos Eduardo Dreyer, assessor da mesma entidade que congrega empresários do município.

O superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), Hiratan Pinheiro, confirmou recursos na ordem dos R$ 178,3 milhões para serem investidos na obra ao longo de 2023. O valor é maior do que aplicado na duplicação de 2014 a 2022: R$ 158,4 milhões. Para a duplicação de todo o trecho, quem tem 115 quilômetros, o valor estimado é de R$ 1 bilhão.

PPA
Na plenária da frente foi apresentada a forma virtual dos cidadãos darem sugestões de projetos a serem incluídos no Plano Plurianual (PPA) do governo federal, que norteará a aplicação dos recursos da União para os próximos quatro anos. A votação é pela internet e irá até o próximo dia 14. Um dos projetos cadastrados é da duplicação da BR 290. O site para participar do processo é o brasilparticipativo.presidencia.gov.br.

CARTA
Também foi aprovada a Carta em Defesa da Duplicação da BR 290, em que os participantes firmam compromisso de manter a mobilização pela obra na rodovia que liga o Rio Grande do Sul, do litoral à Uruguaiana. No mesmo documento é solicitado o início dos estudos de viabilidade econômica e ambiental da duplicação de Pantano Grande até Uruguaiana. Enquanto isso, pede-se a implantação de terceiras faixas nos pontos de curvas em subida, no trecho ainda não licitado, viabilizando ultrapassagem segura nesses pontos da rodovia.

 

O que disse o deputado Cláudio Tatsch na plenária

“Quando se fala em BR 290, nos referimos à principal rodovia transversal do Rio Grande do Sul, que liga o litoral até Uruguaiana, onde fica o maior porto seco da América Latina. Entre São Paulo e Buenos Aires, o único trecho da BR 290 que não está duplicado é o que liga Porto Alegre a Uruguaiana”.

“Neste trajeto trafegam cerca de 20 mil veículos por dia, e destes, em torno de 3 mil são caminhões de cargas pesadas ou sensíveis. Neste trecho da BR 290, ocorreram, no ano passado, 30 mortes em razão de acidentes de trânsito, número que nos primeiros meses de 2023 já chegou 12”.

“O papel dessa frente parlamentar e o meu é fazer com que o recurso já previsto no orçamento e os trechos já licitados sejam executados com a maior celeridade possível, pois cada dia de trancamento ou paralisação em uma obra desta magnitude significa muitos metros ou quilômetros de duplicação a menos que serão feitos”.

“Essa frente parlamentar é lugar para ouvirmos e encaminharmos toda o desejo e sentimento de quem trafega e vive às margens da BR 290. Também devemos ressaltar que o papel da comissão é cuidar, além da duplicação, da BR 290 como um todo. Então, além de encaminhar um pedido de estudo para que a duplicação continue em um primeiro momento pelo menos até o trevo de acesso da BR 153, em Cachoeira do Sul, peço que seja resolvida, com brevidade, a questão da ponte sobre o Rio Bossoroca, em Vila Nova do Sul, que está em meia pista e interditada para caminhões desde maio de 2022”.