Brasil tem mais de 500 crianças e adolescentes superinteligentes

O Brasil possui 534 crianças e adolescentes superinteligentes. Dessa totalidade, quase 40% são do estado de São Paulo. O levantamento foi divulgado pela Associação Mensa Brasil, entidade que reúne pessoas com altas capacidades intelectuais no Brasil e representante oficial da Mensa Internacional, principal organização de alto Quociente de Inteligência (QI) do mundo. O Rio Grande do Sul 18 crianças e adolescentes superinteligentes.

No total, são mais de 2,6 mil pessoas superinteligentes de todas as idades no Brasil.

Entre os cinco estados com mais superinteligentes, aparecem São Paulo (199), Rio de Janeiro (64), Minas Gerais (59), Paraná (45) e Distrito Federal (28). Acre, Mato Grosso do Sul e Piauí não têm crianças e adolescente na lista.

De acordo com Rodrigo Sauaia, presidente da Mensa Brasil, o Brasil é uma potência intelectual ainda adormecida e subaproveitada.

“Temos uma das maiores populações do planeta. Cerca de 2% dos habitantes do Brasil podem apresentar sinais de altas habilidades, com um QI muito acima da média. Porém, ainda não há um mapeamento abrangente destes indivíduos”, destacou.

Segundo a Mensa, as crianças mais novas identificadas pela instituição têm 3 anos de idade. “Para contribuir na ampliação desse mapeamento, a Associação Mensa Brasil está comprometida em aumentar o conhecimento da sociedade sobre a superinteligência”, disse Rodrigo.

Conforme a entidade, os sinais de QI alto em crianças são:

– Raciocínio rápido para resolver problemas;
– Lembra-se de nomes ou rostos de pessoas que não vê há muito tempo, datas históricas, imagens e números;
– Consegue diferenciar sons e visualizar detalhes em imagens com muita facilidade;
– Apresenta habilidades avançadas para a sua idade cronológica (aprender a ler aos 3 anos ou antes, compor música sem nunca ter estudado etc.);
– Vocabulário avançado para a sua idade;
– Alfabetização precoce.

Aos cinco anos, Filippo de Castro Morgado, é um dos mais novos integrantes do clube mundial de pessoas com alto QI. A mãe, Roberta de Castro, conta que, desde os 2 anos, o filho já dava indícios de comportamentos “atípicos”.

“O choque veio quando ele leu a placa dos carros no estacionamento do prédio aos dois anos e meio. A gente estava descendo para passear, ele parou, pediu para esperar e começou a ler todas as placas até chegar ao nosso carro.”

Roberta destaca que, ao contrário do que muitos pensam, o laudo sobre a superdotação (classificação para pessoas que apresentam um alto nível de inteligência em uma ou mais áreas de interesse) foi algo que trouxe mais responsabilidades para o cuidado do filho.

“Muitas vezes acham que a superdotação é a galinha dos ovos de ouro, mas não sabem o que é quando ele tem um problema emocional, porque aquilo que ele pensou não aconteceu. Essas crianças tendem a ter uma frustração muito grande”, apontou.

 

 

Fonte O Sul