Zoológico Municipal recebeu pesquisadores da UFRGS

O Zoológico Municipal de Cachoeira do Sul recebeu na semana passada (13) um grupo com 10 pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), sob a coordenação do médico veterinário, professor doutor João Fábio Soares, que é cachoeirense. O trabalho em Cachoeira contempla as atividades práticas da disciplina optativa de Parasitose de Animais Selvagens que foi vinculado também à prática de extensão, que é uma normativa curricular de todos os cursos de graduação no Brasil. O projeto chama-se “Sanidade Parasitária em Zoológicos” e já está em Cachoeira deste 2017.

No Zoo, o grupo formado por 3 docentes, um mestrando e 6 graduandos, atuou na coleta de fezes de aves e mamíferos e penas soltas nos recintos das aves (para análise de ectoparasitos). Todo o material foi catalogado e levado ao laboratório da UFRGS para avaliação e identificação de possíveis parasitos. De acordo do João Fábio, um relatório de tudo que for apurado é entregue ao Zoológico Municipal. Através de uma posterior videoconferência com o coordenador do Zoo, Alisson Boyink e os médicos veterinários Edson Salomão e Diego Ferreira Cardoso, o grupo apresentará as propostas com soluções viáveis para tratar os possíveis problemas, caso algo seja encontrado.

O coordenador do Zoológico Municipal, Alisson Boyink, destacou que o trabalho dos pesquisadores da UFRGS é fundamental e muito importante para a sanidade dos animais. “O bem-estar animal vai muito além de dar abrigo e alimento. O controle de parasitos é um ponto vital para garantir que eles tenham qualidade de vida”, explica Alisson, que também é biólogo. O médico veterinário Edson Salomão, que atua no Zoo e é especialista em animais silvestres, enfatiza que pouco se fala na sanidade de animais silvestres, mas que ela é muito necessária e Cachoeira do Sul tem destaque nesta área.

Importante

O Zoológico Municipal é considerado um dos maiores pontos turísticos da região. Além de sempre buscar o melhor para seu plantel e seus visitantes, vem se destacando também por ser um local de pesquisa para diversas universidades, ciência, estágios, além de atender anualmente centenas animais oriundos de tráfico, atropelamentos, acidentes, entre outros, reintroduzindo todos ao seu habitat, sempre que possível.

Ele é também o único zoológico do pampa. A maior parte do plantel são de espécies deste bioma (que é um dos mais ameaçados do Brasil). São animais que não tem mais condições de reintrodução à natureza.