CMPC lança programa de fomento florestal RS+Renda em Cachoeira e 70 municípios Gaúchos

Com o objetivo de estimular a bioeconomia no Rio Grande do Sul por meio da produção de eucalipto, a CMPC está lançando seu primeiro programa de fomento florestal no Brasil. Denominado RS+Renda, trata-se de uma ação alicerçada na prática de geração de valor compartilhado, que possibilita aos produtores rurais e proprietários de terras passarem a integrar a cadeia produtiva da companhia, diversificando sua produção e auferindo renda.

“O Rio Grande do Sul tem vocação para o agronegócio, com clima favorável e tradição histórica no campo. Com o RS+Renda, queremos ampliar a prática da silvicultura, um cultivo sustentável e que hoje está presente em somente 4,3% das propriedades rurais do estado. Nosso propósito é incentivar o desenvolvimento da bioeconomia em solo gaúcho, somando esforços à pujante silvicultura brasileira. Ao promovermos o manejo responsável do eucalipto, estamos estimulando uma prática que captura carbono da atmosfera e que contribui com a consolidação do sistema agroflorestal, onde não há uma competição entre culturas, mas sim o uso do solo com diferentes cultivos em uma mesma área”, explica Mauricio Harger, diretor geral da CMPC no Brasil.

Com a meta de alcançar o plantio de 15 mil hectares ainda em 2022, o RS+Renda busca dar suporte ao aumento de capacidade produtiva de 350 mil toneladas que será proporcionado pelo BioCMPC, considerando que, por ser uma empresa de capital estrangeiro, a CMPC não pode adquirir terras rurais no Brasil. No entanto, a companhia  precisa crescer em área de plantio para abastecer esse incremento da unidade.

Voltado para produtores rurais e donos de campos no Rio Grande do Sul, o RS+Renda é um dos únicos programas de fomento do setor que oferece suporte para a elaboração e implementação dos Planos de Recuperação de Áreas Degradadas (PRADs), vinculados ao Cadastro Ambiental Rural (CAR). O atendimento da legislação ambiental, incluindo os PRADs, é requisito para concessão de financiamento, de forma que ter orientação e suporte para lidar com essa exigência se torna um diferencial competitivo principalmente ao pequeno produtor.

Impacto social e desenvolvimento local – Segundo Harger, ao engajar produtores rurais como fornecedores de madeira, o RS+Renda possibilita a diversificação das fontes de renda da propriedade e a garantia de adequação à legislação ambiental com consequente incremento dos serviços ecossistêmicos, promovendo o desenvolvimento local. “Este é um programa que tem como premissa o desenvolvimento local também porque estimula a permanência das pessoas no campo e proporciona o incremento de outras atividades rurais geradoras de renda. O RS+Renda está em pleno acordo com o que foi debatido na COP26, na qual foi amplamente destacado o papel das florestas plantadas como aliadas do meio ambiente por meio do sequestro de carbono”, complementa.

Na prática, os produtores rurais que aderirem ao RS+Renda terão como benefícios a possibilidade de subsídio financeiro para implantação, o suporte técnico para o cultivo, o apoio para a implementação do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), a oportunidade de antecipação da compra da madeira, bem como a garantia da aquisição. A CMPC irá dispor também de auxílio no combate a incêndios florestais e proporcionará suporte técnico ao licenciamento ambiental da propriedade. “A CMPC oferece desde a disponibilização de mudas, orientação sobre o preparo do solo e acesso a insumos necessários à silvicultura, além de apoio durante todo o processo produtivo e a responsabilidade por realizar a colheita e o transporte”, completa Harger.

Focado na região Sul do estado, o programa abrange produtores rurais de 71 municípios gaúchos. O programa conta com quatro modalidades de participação:

  • Parceria: a CMPC realiza todas as atividades desde o plantio da floresta até a colheita e transporte da madeira. Após a colheita, o produtor rural recebe o pagamento equivalente a 50% do volume da madeira colhida sem casca.
  • Parceria com compras antecipadas: a CMPC realiza todas as atividades desde o plantio da floresta até a colheita e transporte da madeira. O produtor rural receberá o pagamento equivalente a 50% do volume da madeira colhida sem casca dividido de duas formas: pagamento antecipado do valor referente a até 70% do volume produzido por hectare anualmente (Incremento Médio Anual) e 30% no inventário pré-corte e após o recebimento da madeira no depósito CMPC (volume real ajustado).
  • Fomento: CMPC se compromete com o fornecimento de mudas, assistência técnica, colheita e transporte da madeira, além de possibilitar subsídio para financiamento da implantação. Enquanto isso, o produtor é responsável pelo plantio e tratos culturais, contratando e pagando a mão de obra capacitada. Também realiza a compra dos insumos para plantio e garante a manutenção da licença ambiental. Nesta modalidade, o produtor tem direito a 100% do valor da madeira.
  • Fomento Social: voltado a produtores rurais de pequeno porte, é similar ao Fomento, com a diferença de que a CMPC disponibiliza suporte técnico para a obtenção da licença ambiental. O produtor também tem direito a 100% do valor da madeira nesta opção.

Bioeconomia – Considerado um dos primeiros negócios inclusivos de bioeconomia no Brasil, o programa estimula a silvicultura produtiva do eucalipto, respeitando normas de um rigoros manejo florestal, além de contribuir para a diminuição dos impactos do efeito estufa. De acordo com Mauricio Harger, o RS+Renda trará benefícios para todo o ecossistema em que a CMPC está inserida.

“Sob a perspectiva da sustentabilidade, trata-se de um projeto carbono negativo e que contribui para a ampliação da produção de matérias-primas renováveis e biodegradáveis, fazendo uso somente de áreas já degradadas ou utilizadas por outras culturas. Para os produtores rurais, o programa pode ser considerado uma verdadeira poupança verde (constituída a partir de atividade totalmente sustentável) e uma alternativa de renda democrática. Para nós, da CMPC, o programa representa um novo movimento de aproximação da empresa com as comunidades rurais do Rio Grande do Sul, além de contribuir com a expansão de nossa base florestal”, explica o executivo.

Mais informações sobre o programa RS+Renda podem ser obtidas pelo site rsmaisrenda.com.br, em que os produtores também poderão fazer uma simulação do quanto podem ganhar plantando eucalipto e comparar com o resultado de plantar soja, por exemplo. A CMPC garantirá o valor pago antes mesmo da colheita, com a possibilidade de oferecer subsídio para o plantio e também antecipar o pagamento pela colheita.