Caminhoneiros notificam governo sobre greve a partir do dia 1º

A frente parlamentar dos caminhoneiros no Congresso Nacional encaminhou ofício ao governo federal sobre a possibilidade de uma greve nacional do setor a partir de 1º de novembro. A categoria promete uma paralisação de 15 dias em todo o país por causa do alto custo dos combustíveis.

Em ofício, os caminhoneiros acusam a Petrobras de adotar medidas anticompetitivas que prejudicam a classe transportadora por elevar excessivamente o preço do óleo diesel. “Por diversos meios, é de conhecimento público que a Petrobras tem praticado medidas com critérios antieconômicos sobre o preço dos combustíveis, derivados de petróleo e gás natural elevando periodicamente os preços do diesel, da gasolina e do gás, sem qualquer critério econômico nacional”, diz a frente parlamentar.

O documento diz ainda que a frente parlamentar não tem atributos para endossar a greve.

“Contudo está dentre os objetivos estatutários da Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas (art. 1o, §2°) e propósitos (art. 2o, incisos I, II, III e IV; e art. 5o) coordenar esforços em políticas públicas de interesse comum dos caminhoneiros(as) e do setor de transporte rodoviário de cargas”, diz o ofício.

A última greve geral dos caminhoneiros de longa duração ocorreu em maio de 2018 e levou o então presidente Michel Temer a adotar medidas para subsidiar a redução do preço do óleo diesel para trazer o país de volta à normalidade.