Após melhora nos indicadores, governo retira alertas das regiões Covid do RS

 Tendo Cachoeira do Sul como exemplo de controle da pandemia,o  gabinete de crise do governo do estado decidiu em reunião, ocorrida nesta quarta-feira (14), retirar os alertas às regiões de Cachoeira do Sul, Caxias do Sul, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Pelotas, Santa Rosa e Uruguaiana devido à melhora nos indicadores da pandemia. Entre eles, a redução na ocupação dos leitos clínicos por pacientes com diagnóstico de Covid-19 a um patamar inferior aos picos das duas ondas do ano passado.

De acordo com os dados do governo do RS, em junho, a região de Cachoeira do Sul,estava em alerta e tinha média de 688 casos para cada 100 mil habitantes, o triplo da média estadual. Atualmente, está com um patamar semelhante ao do estado.

Não iniciou queda de óbitos, mas esperamos que caia nas próximas semanas“, observou Pedro Zuanazzi, diretor do Departamento de Economia e Estatística da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão.

Além disso, o número de pacientes à espera por leitos de UTI, que chegou a ser de 361 pessoas no auge da pandemia, está em cinco neste momento.

Ao mesmo tempo, o gabinete também citou uma série de ressalvas à situação de controle da pandemia no estado. Uma delas é justamente a possível presença da variante delta, que ainda não foi confirmada pela Fiocruz.Outra é um aumento de pessoas que reportam sintomas gripais nas últimas duas semanas. E, por fim, a desaceleração da desocupação de leitos clínicos por pacientes com coronavírus.

“Embora tenha havido a melhora, que permite a retirada dos alertas, algumas indicam a necessidade de vigilância constante“, conclui Zuanazzi.

Por outro lado, todas as 21 regiões receberão avisos, em especial devido aos dois casos suspeitos da variante delta identificados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Gramado e Santana do Livramento. O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) enviou à Fiocruz, na segunda-feira (12), amostras de secreção de naso-faringe dos prováveis casos da variante B.1.1.617.2, de origem na Índia, identificados no RS, para passar por exames mais detalhados.“Não estamos em situação de tranquilidade. Precisamos aguardar os testes de amostras para ver se a variante delta, da Índia, está no estado. É uma preocupação no mundo e, portanto, deve ser para nós também os cuidados para evitar a transmissão do coronavírus“, destacou o governador Eduardo Leite.A secretária de Saúde, Arita Bergmann, destacou que, apesar da retirada dos alertas, os municípios não devem reduzir os cuidados previstos nos planos regionais. O sistema 3As não foi abandonado. Caso haja um agravamento, os alertas podem ser redirecionados.

O único calendário previsto é o da vacinação. De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, o estado tem estoque de vacinas para antecipar a segunda dose dos imunizantes AstraZeneca e Pfizer e acelerar a vacinação de profissionais do setor de transportes.

Além disso, conforme Arita, o Ministério da Saúde estima que complete a imunização de 100% da população das fronteira do RS com Uruguai e Argentina com 123 mil doses de vacinas AstraZeneca que devem ser enviadas esta semana.

Por isso, mais uma vez, Eduardo Leite admite a possibilidade de antecipar a vacinação de toda a população com ao menos uma dose até o começo de setembro.

Mas não devemos afrouxar os cuidados. Precisamos manter distanciamento e higiene sanitária até que se tenha uma situação de munição mais robusta em relação às vacinas com as variantes que temos”, destaca o governador.