Taxa de desocupação fica em 9,2% no primeiro trimestre de 2021 no RS

Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNAD Contínua Trimestral), do IBGE, a taxa de desocupação média do Rio Grande do Sul foi de 9,2% no primeiro trimestre de 2021. No trimestre anterior, a taxa havia sido de 8,4%, Apesar do aparente aumento, o IBGE classificou a variação como sem   significância estatística. O mesmo ocorreu com a comparação com o mesmo período de 2020, em que a taxa de desocupação registrou 8,3%.

A taxa de desocupação no Rio Grande do Sul foi a segunda mais baixa do país, ficando atrás de apenas da Santa Catarina (6,2%). A maior taxa segue sendo a da Bahia, mas que agora divide o posto de taxa de desocupação mais alta do país com o estado de Pernambuco, ambos registrando taxa de desocupação de 21,3%.

O rendimento médio real habitual das pessoas ocupadas foi de R$ 2.870,00, no primeiro trimestre de 2021, e teve variação de 3,4% frente ao trimestre anterior (R$ 2.777,00) e de 5,1% em relação ao primeiro trimestre de 2020 (R$ 2.732,00). A massa de rendimento real atingiu o montante de R$ 14,4 bilhões, o que representou uma variação de -2,9% frente ao mesmo período do ano anterior e aumento de 2,8% na comparação com o trimestre imediatamente anterior. Conforme o IBGE, ambas as variações (rendimento médio real e massa de rendimentos real) não foram estatisticamente significantes.

Os dados mostram que, conforme o IBGE, a força de trabalho gaúcha apresentou uma queda de 6,0% na comparação com o mesmo período de 2020. Isso significa dizer que a pandemia retirou do mercado de trabalho 365 mil pessoas, sendo esse número resultado de uma redução de 387 mil pessoas ocupadas e um aumento de 22 mil pessoas desocupadas. Com isso a população fora da força de trabalho cresceu em 609 mil indivíduos, uma elevação de 17,5% na comparação com o primeiro trimestre de 2020. Como comentado em outras notas técnicas, a pesquisa do IBGE, realizada desde março de 2020 através de telefone pode estar impondo um viés de disponibilidade à amostra, tornando o retratado do mercado de trabalho na pesquisa mais negativo do que realmente é. Entretanto, os dados do Novo Caged são percebidos como positivos demais frente ao comparativo com outras estatísticas. Ambas as pesquisas estão contando desde o ano passado com novas metodologias, o que dificulta ainda mais a percepção verdadeira da realidade.