Negócios com soja seguem restritos e produtor foca na colheita

O mercado brasileiro de soja teve uma semana de poucos negócios e de preços estáveis. Ainda assim, no geral, a comercialização segue acima da média, com destaque para o bom número de vendas antecipadas para 2021/22. Os produtores seguem focados na colheita, ainda atrasada, mas com indicações positivas.

A comercialização da safra 2020/21 de soja do Brasil envolve 67,4% da produção projetada, conforme relatório de SAFRAS & Mercado, com dados recolhidos até 9 de abril. No relatório anterior, com dados de 10 de março, o número era de 62,7%.

Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 73,9% e a média para o período é de 56,2%. Levando-se em conta uma safra estimada em 134,09 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 90,42 milhões de toneladas.

No período, a comercialização evoluiu pouco e, com isso, o total negociado da safra 20/21 ficou abaixo do percentual de igual período do ano passado. Mas seguem bem acima da média para o período, devido à elevação consistente dos preços.

As vendas antecipadas da safra 2021/22 estão bem adiantadas, reflexo dos bons preços praticados em 2020 e nesse começo de 2021. Levando-se em conta uma safra hipotética mínima para a temporada – igual à do ano anterior -, SAFRAS estima uma comercialização antecipada de 14,2%, envolvendo 18,97 milhões de toneladas.

Como essas vendas foram feitas de forma muito adiantada, não há comparativo com o ano anterior e nem com a média para o período. A primeira estimativa para a safra brasileira 2021/22 será divulgada em julho por SAFRAS & Mercado.

Produção

A produção brasileira de soja deverá totalizar 135,54 milhões de toneladas na temporada 2020/21, com aumento de 8,6% na comparação com a temporada anterior, quando foram colhidas 124,84 milhões de toneladas. A projeção faz parte do 7º levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Em março, a Conab indicava produção de 135,13 milhões de toneladas. A revisão para cima entre uma estimativa e outra ficou em 0,3%.

A Conab trabalha com uma área de 38,47 milhões de hectares, com elevação de 4,1% sobre o ano anterior, quando foram cultivados 36,95 milhões de hectares. Em março, a previsão era de 38,46 milhões de hectares.

A produtividade teve sua previsão elevada, entre uma temporada e outra, de 3.379 quilos para 3.523 quilos por hectare, com variação de 4,3%. No mês passado, o rendimento estava estimado em 3.513 quilos por hectare.

Agência SAFRAS