Mercado de soja trava e preços recuam no Brasil. Colheita segue no foco

O mercado brasileiro de soja teve uma semana travada em termos de comercialização e com preços mais baixos, ainda que em níveis nominais. Com as chuvas, a colheita seguiu atrasada e concentrando as atenções dos produtores, que estão apenas cumprindo com contratos pendentes, sem novas operações.

Em Passo Fundo (RS), o preço recuou de R$ 169,00 para R$ 166,00 a saca de 60 quilos entre os dias 12 e 18 de março. Em Cascavel (PR), a saca baixou de R$ 158,00 para R$ 156,00 no período. No Porto de Paranaguá (PR), a cotação ficou em R$ 168, com baixa de R$ 1,00 por saca.

Em Rondonópolis (MT), a saca caiu de R$ 164,00 para R$ 160,00. Em Dourados (MS), o preço baixou de R$ 154,00 para R$ 152,00. Na região de Rio Verde (GO), a cotação passou de R$ 161,00 para R$ 156,00.

Na Bolsa de Mercadorias de Chicago, os contratos com vencimento em maio apresentaram queda acumulada de 1,5% até as operações iniciais da sexta. A posição fechou a quinta a US$ 13,92 por bushel. A fraca demanda pela soja americana, a queda do petróleo e o retorno das chuvas sobre as regiões produtoras da Argentina provocaram o recuo.

O sentimento em Chicago é que a procura global, principalmente da China, está se deslocando do mercado americano para a América do Sul. Mesmo com o atraso na colheita, a oferta está crescendo no Brasil. Os problemas climáticos não deverão impedir o país de colher a maior safra da história, acima de 130 milhões de toneladas.

O dólar comercial está fechando a semana praticamente zerado, na casa de R$ 5,56. Os prêmios de exportação estão negativos. Ou seja, os três fatores de formação dos preços domésticos não ajudaram na semana e, por isso, os preços recuaram nas principais praças do país, travando a comercialização.

Agência SAFRAS