Anvisa aprova registro da vacina da AstraZeneca e antiviral Remdesivir

A  Anvisa concedeu, nesta sexta-feira (12/03), o registro da vacina da Fiocruz/Astrazeneca e do antiviral Remdesivir.Para a vacina foram concedidos dois registros diferentes: um em nome da AstraZeneca, outro da Fiocruz. As duas empresas podem, assim, adotar estratégias diferentes de distribuição e comercialização do produto. Mais conhecido como vacina de Oxford, o imunizante foi registrado na Anvisa com os nomes de “Vacina Covid19 Recombinante Fiocruz” e “Vacina Covid19 Recombinante, no caso da Astrazeneca”.

O pedido de registro da vacina da Fiocruz/AstraZeneca foi feito no dia 29/01. Com a aprovação de hoje, a população recebe um atestado de que o produto passou por exigências comparáveis às das mais conceituadas agências reguladoras do mundo. Este é o segundo registro aprovado pela Anvisa. No dia 23/02 a Agência aprovou a vacina da Pfizer-BioNTech.

Antiviral Remdesivir

O uso do Remdesivir é direcionado especificamente para pacientes hospitalizados com Covid-19 e demonstrou reduzir o número de dias de internação nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

Segundo o  diretor-presidente da Anvisa ,Antonio Barra Torres,o Remdesivir, é uma medicação para pacientes internados com Covid-19 ,e que  tem demonstrado redução no número de dias na UTI, portanto trata-se de algo final na terapêutica.

Barra Torres também esclareceu que não haverá a possibilidade de aquisição do medicamento nas farmácias brasileiras.

O Remdesivir é para uso hospitalar, portanto ninguém vai comprá-lo em farmácias. Trata-se de uma medicação de uso bastante específico e de custo elevado. O Brasil atravessa um momento bastante delicado e temos os indíces de eficácia que comprovaram [a efetividade do medicamento] logo não há porque não efetuar o registro, que já vinha sendo analisado“, disse.

Um tratamento com o Remdesivir pode custar  US$ 3,1 mil, aproximadamente R$ 17 mil.Esse é o primeiro fármaco com recomendação em bula para tratar a doença no país. O remédio foi aprovado no ano passado pelas agências reguladoras dos Estados Unidos e da Europa para uso em pacientes hospitalizados.