Registro permite vacinar população com 16 anos ou mais, diz Pfizer

A concessão do registro sanitário para a vacina desenvolvida pela Pfizer e BioNTech por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abre caminho para um uso amplo do imunizante contra Covid-19 em todo o Brasil. A aprovação é para que a vacina seja usada na população em geral com 16 anos ou mais, em um esquema de duas doses com 21 dias de intervalo entre elas.

Os estudos em grávidas ainda estão em andamento. Portanto, este grupo ainda não está autorizado a ser vacinado. Em nota, a presidente da Pfizer Brasil, Marta Díez, disse que a farmacêutica recebeu a notícia da aprovação “com entusiasmo”.

“Ficamos muito felizes com a notícia da aprovação e gostaríamos de parabenizar a agência pela celeridade e profissionalismo que demonstrou em todas as etapas desse processo.”

No entanto, apesar do registro que permite o uso em massa no país, ainda não há uma dose sequer comprada pelo governo brasileiro. “Esperamos poder avançar em nossas negociações com o governo brasileiro para apoiar a imunização da população do país”, acrescentou a executiva da farmacêutica.

A vacina da Pfizer/BioNTech é considerada uma das mais bem-sucedidas no mundo, com uma taxa de proteção global de 95%. Em idosos, a proteção é em torno de 94%.

Arranjo legislativo

O Ministério da Saúde alegava que não poderia fechar o contrato com a Pfizer por cláusulas que determinavam que o governo assumisse a responsabilidade civil por possíveis efeitos colaterais da vacina, além de ter que colocar à disposição ativos no exterior para eventuais fins de indenização.

Recentemente, o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) afirmou que a solução será uma emenda a uma medida provisória já em tramitação que libera a União a aceitar tais exigências.

A companhia afirmou, em reunião com senadores na segunda-feira, que outros 69 países que compraram o imunizante aceitaram as cláusulas estabelecidas no contrato.

Segundo o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que solicitou o encontro, a empresa disse que, na América Latina, apenas Argentina, Venezuela e Brasil não haviam concordado.

A Pfizer apresentou dados à FDA (Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos), na semana passada, que mostram que a vacina pode ser armazenada a temperaturas um pouco mais elevadas do que os -75°C usados até então.

Segundo a companhia, é possível armazenar as ampolas entre -25°C e -15°C por até duas semanas. A alteração permitiria o uso da vacina em locais onde não há supercongeladores. Porém, já está em uso uma caixa com gelo seco, desenvolvida pela própria Pfizer, que permite o transporte dos imunizantes na temperatura de -70°C por até duas semanas.

 

 

 

 

fonte Correio do Povo