Ministério da Saúde recebe 45 pedidos de grupos que querem vacinação prioritária

O Ministério da Saúde já recebeu pedidos de 45 grupos interessados em ter prioridade na fila da imunização contra a pandemia e pular a ordem estabelecida no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19.

Os pedidos chegam especialmente de grupos profissionais que alegam estar mais expostos a contrair o novo coronavírus, como personal trainers, policiais, guardas, seguranças, fonoaudiólogos, aeronautas e trabalhadores da limpeza e Correios, entre outros. Alguns setores são bastante específicos, caso dos práticos – que auxiliam manobras e percursos de embarcações.

Outra parte dos pedidos vem de grupos ligados a questões de saúde, caso de associações de pessoas com diabetes, linfoma ou leucemia, entre outros.

O plano nacional de vacinação contra a Covid-19, desenvolvido pelo Ministério da Saúde, estabeleceu 27 grupos prioritários que compreendem 77 milhões de pessoas. A sugestão do governo federal é que estados e municípios sigam essa lista, ainda que tenham liberdade para criar seus programas. Os grupos com maior prioridade no plano do ministério são:

– Pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas
– Pessoas com deficiência institucionalizadas
– Povos indígenas vivendo em terras indígenas
– Trabalhadores de saúde
– Pessoas de 80 anos ou mais

Em 12º lugar na lista estão pessoas com comorbidades, entre as quais estão incluídas doenças como diabetes. No entanto, no atual cenário em que apenas pouco mais de 3 milhões de pessoas foram vacinadas e os governos federal e estaduais ainda lutam para comprar ou agilizar a produção de vacinas no Brasil, diversas entidades de pacientes tentam obter a vacinação de forma mais rápida.

A Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) Brasil pede a revisão do plano do ministério e afirma que o tipo de deficiência atendido pela entidade, por si só, é uma condição permanente de risco. “Restringir a prioridade apenas às pessoas que apresentam impedimentos severos é colocar em risco todo um grupo social que está em uma situação de alto risco de contaminação”, afirma. A Feapae SP, que representa 305 entidades de assistência no estado de São Paulo, também pediu prioridade ao ministério. Estados como Piauí e Alagoas já deram prioridade ao grupo.

 

 

fonte R7