Governador Leite, determina a interdição de faixa de areia das praias, por 14 dias

Vendo o número de casos de coronavírus aumentar a cada dia, o governo do Rio Grande do Sul determinou novas regras de enfrentamento da pandemia para municípios classificados com bandeira vermelha (risco alto). No total, 19 das 21 regiões estão incluídas nesta classificação. As novas regras, que incluem restrição de horários e de atividades, foram publicadas em decreto.

As medidas valem por duas semanas, até o dia 14 de dezembro. O objetivo, com isso, é frear a aceleração do contágio.

Uma das novas regras inclui a proibição da permanência de pessoas em locais públicos abertos, sem controle de acesso. Nessa lista, estão incluídas parques e a faixa de areia das praias. Segundo o governador Eduardo Leite, não será permitido nem mesmo permanecer na orla com a família ou sozinho:

— O calçadão para a prática de atividades físicas fica liberado. O que estamos interditando é o uso da areia. A Brigada Militar está sendo orientada para que a gente tenha atuação coibindo aglomerações. Quando a pessoa para na areia, geralmente tem comida, bebida, reúne-se gente, tem pessoas sem máscara interagindo, e isso significa contatos e maior exposição e risco de contágio ao vírus.

Conforme o governador, a faixa será interditada porque não é possível fiscalizar com precisão quem está acompanhado de pessoas de sua convivência e quem está em grupos maiores:

— Temos um limite da capacidade de controle do nosso efetivo policial. Eu teria que colocar um forte efetivo policial para saber se está andando só com o filho, com a família, se teve aglomeração, se não teve. Então, faixa de areia interditada, para que a gente possa ter maior possibilidade de controle, por 14 dias.

O governador disse entender os motivos que levam às pessoas a ir às ruas: dias mais quentes e longos, cansaço dos meses de pandemia, proximidade do fim de ano e perspectiva de vacina, o que traz sensação de “final” da circulação. No entanto, destacou que a colaboração das pessoas é essencial:

— A gente precisa da colaboração de todos para evitar o crescimento para além da capacidade de atendimento. A gente dobrou o número de leitos de UTI no Estado, a gente continua abrindo novos leitos, mas há um limite de capacidade. Não é só a estrutura física. Há um limite de recursos humanos, e as equipes existentes estão muito pressionadas pela demanda crescente. Não é infinita a capacidade de ampliação do sistema de saúde.

fonte Gaúcha/ZH