Entidades empresariais do Estado elaboram carta conjunta contra Piso Regional

Em uma tentativa de convencer os parlamentares a não aprovar o projeto de lei 35/2020, que prevê o reajuste do salário mínimo regional, entidades empresariais elaboraram uma carta conjunta destinada à Assembleia Legislativa. Assinam a Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS), a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) e a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul).

No documento, as federações destacam que o aumento de 4,5% agravaria o quadro de desemprego e queda na renda em meio a uma crise que já provocou o fechamento de 130 mil postos de trabalho e a redução ou suspensão temporária de 596 mil contratos, apenas no RS.

As entidades empresariais ponderam que o reajuste do Piso Regional, que seria aplicado retroativamente a fevereiro, ocasionaria o custo de um funcionário a mais a cada 2,5 trabalhadores. Além de pressionar as empresas que já enfrentam graves dificuldades, o aumento colocaria em risco os empregos de pessoas de renda mais baixa, como os trabalhadores domésticos. O texto lembra ainda que apenas cinco estados brasileiros contam com um piso regional, sendo o Rio Grande do Sul aquele que teve o maior reajuste acumulado de 2010 a 2019, com incremento de 126,3% no período.

De autoria do Poder Executivo, o PL 35/2020 estabelece um reajuste de 4,5% ao piso salarial regional, que é dividido em cinco faixas. Se aprovado, o Mínimo Regional chegaria a R$ 1.638,36 na categoria mais alta.

 

 

 

Fonte Rádio Guaíba