Agora, OMS alerta para riscos com crianças fora da escola e recomenda medidas

A Organização Mundial de Saúde(OMS) realizou entrevista coletiva nesta terça-feira (15), com foco na questão de crianças e adolescentes fora da escola por causa da pandemia de covid. Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus lembrou que a entidade, a  Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e o  Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) publicaram na segunda-feira diretrizes de medidas de saúde para se buscar uma reabertura segura dessas instituições.

Tedros afirmou que os dados disponíveis mostram que menos de 10% dos casos reportados e menos de 0,2% das mortes são de pessoas com menos de 20 anos, mas também lembrou que há efeitos potenciais de longo prazo ainda desconhecidos nas pessoas infectadas.

Segundo ele, é importante haver mais pesquisa sobre os fatores que aumentam o risco de casos graves e mortes entre crianças e jovens.

O diretor-geral lembrou que as crianças têm sofrido de outras formas, como em sua alimentação, a perda do aprendizado e riscos como maior exposição ao trabalho infantil e à violência doméstica.

Ele pediu que seja garantido o ensino a distância, durante o fechamento das escolas, e também que o tempo de fechamento desses locais seja usado para colocar em vigor medidas para evitar e responder a transmissões na reabertura.

A diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, citou na coletiva o risco de que 11 milhões de garotas não voltem à escola pelo mundo, no contexto atual. A diretora-geral da Unicef, Henrietta Fore, mencionou as dificuldades pelo mundo para o ensino remoto e lembrou que muito tempo fora da escola pode resultar em “impacto grave” para as crianças.

Henrietta citou uma projeção segundo a qual mais de 20 milhões de crianças pelo mundo devem abandonar a escola por causa da pandemia e seus impactos, sociais e econômicos.

 

 

fonte GaúchaZH