Escultura de noz-pecã quer colocar Cachoeira do Sul no Guiness Book

Assim como a cidade paulista de Holambra está para as flores, Cachoeira do Sul está para a noz-pecã, uma fruta seca, com altíssimas propriedades nutricionais e uma demanda global em crescimento vertiginoso.
Cachoeira que também já foi referência no cultivo do arroz, conta hoje com a maior área plantada de noz-pecã da América do Sul, 1,2 mil hectares. Tanto que a cidade deve ganhar um espaço no Guiness Book – Livro dos Recordes – com a maior escultura de noz-pecã do mundo.

A ideia partiu do empresário Edson Ortiz, que há mais de 30 anos trabalha com o cultivo, processamento e comercialização de noz-pecã. “Somos a capital Sul Americana da fruta e nada identifica isso. Atualmente, segundo o Guiness, a maior escultura de noz-pecã do mundo fica na cidade americana de Brunswick, no estado do Missouri (EUA), com quase quatro metros de comprimento. A que construímos aqui em Cachoeira do Sul é bem maior e poderá ser vista de longe e dará boas-vindas a todos que visitarem a cidade”, projeta Ortiz.

Ortiz, que também é um estudioso do assunto e comanda há 20 anos a Divinut, empresa que atua do fornecimento de mudas a compra das nozes até o processamento, destaque um mercado promissor e uma crescente demanda global fez despertar o interesse de produtores e investidores para o cultivo das nogueiras.
“A área plantada e a produção no Brasil vem crescendo a cada ano. Em 2019, a produção nacional chegou a 3.500 toneladas, o que colocou o país entre os quatro maiores produtores do mundo de noz-pecã, atrás apenas do México, EUA e África do Sul”, afirma Ortiz destacando como fonte a Associação Brasileira de Nozes, Castanhas e Frutas Secas (ABNC).

O projeto da maior escultura de noz-pecã do mundo foi apresentado na última sexta-feira, dia 17, data que a Divinut comemorou 20 anos de atuação no município onde abriga o maior viveiro do mundo de nogueiras-pecã em raiz coberta, também chamada de embalada, com 400 mil plantas nas diferentes fases do preparo. Cerca de 100 mil dessas mudas estão em estufas, é o maior contingente do planeta. “Alcançamos a proeza de conseguir fazer todo o processo em até oito meses, o que é um recorde mundial, utilizando estufas e apostando em genética e tecnologias”, explica Ortiz, que comanda uma das maiores beneficiadoras de noz-pecã do Brasil.
No Brasil, o RS é o estado que concentra cerca de 90% da produção nacional. O município de Cachoeira do Sul tem o maior número de viveiros e de mudas produzidas e lidera a quantidade de quilos processados. Além disso, possui um banco tecnológico de compartilhamento sobre a cultura e, ainda, as duas maiores processadoras do continente – entre elas, a Divinut.

Nativa da América do Norte, a nogueira está plenamente adaptada ao sul do Brasil. Começa a produzir frutos, em média, aos 4 anos de idade e, quando adultas, as árvores de grande porte podem alcançar 60 metros de altura e 40 metros de copa, chegando aos 200 anos de vida. Tem como principal exigência temperaturas abaixo de sete graus por mais de 200 horas ao ano. “Nós temos genética, bom clima e bom solo, o que demanda pouca quantidade de agroquímicos. Com manejo adequado, podemos produzir frutos de excelente qualidade”, garante o CEO da Divinut.

 

Texto: AgroUrbano Comunicação