Máscaras podem mais prejudicar do que prevenir”, diz especialista

Tornou-se comum, nos últimos dias, ver pessoas circulando pela rua usando máscaras cirúrgicas  — ou adaptações dela, algumas das quais viraram memes de internet. O acessório ficou tão popular que esgotou em diversas farmácias e fornecedores, muitas vezes adquirido por pessoas sem sintomas que querem se proteger contra o coronavírus Segundo especialistas, no entanto, a tática pode ser um tiro no pé.

— Pessoas que usarem máscaras vão aumentar o risco de se contaminarem e de não se protegerem. A preocupação é fazer a higiene de mãos e não tocar o rosto. Quem usa máscara acaba relaxando nesses cuidados e se contaminando mais, porque fica ajeitando a máscara para cima e para baixo, aumentando o contato com o nariz, os olhos e a boca  — explica Claudio Stadnik, infectologista da Santa Casa de Misericórdia.

Profissionais de saúde, únicas pessoas em que é recomendado, pois são treinados para utilizar o acessório, e só fazem isso quando vão atender diretamente pacientes infectados, por um curto espaço de tempo — nos hospitais, o produto é descartado após a utilização. Stadnik atenta, ainda, para o fato de que as máscaras de proteção perdem a eficácia quando ficam úmidas, o que, somente com o vapor produzido pela respiração, acontece a partir de 30 minutos de uso. Ou seja, para que a suposta barreira fosse efetiva contra o vírus, o usuário teria de trocar de máscara o tempo todo, algo inviável.

 

 

 

fonte Gaúcha/ZH