Polícia fecha fábrica clandestina de cigarros paraguaios em São Sepé

Sem pagar impostos e explorando trabalho semi-escravo, uma fábrica clandestina de cigarros funcionou durante meses em São Sepé. A indústria, que se dedica a falsificar marcas paraguaias, foi fechada nesta quinta-feira (19) pelas polícias Civil e Rodoviária Federal.

A ação foi desencadeada pela Delegacia de Polícia de Proteção ao Consumidor (Decon), da Polícia Civil.

A operação da Decon foi encabeçada pelo delegado Joel Wagner. O gerente da fábrica é um paraguaio que arregimenta a mão-de-obra clandestina em seu país para atuar no Brasil. Ele é procurado pela Justiça paraguaia e já implementou fábricas piratas de cigarro em vários municípios brasileiros.

Foi esse paraguaio quem trouxe para a propriedade rural em São Sepé a máquina de industrialização do tabaco, capaz de produzir 1,2 mil cigarros por minuto, cerca de 2,6 milhões de maços ao mês. Isso equivale a 10% do que produz uma das mais modernas fábricas da Souza Cruz, a gigante multinacional fumageira.

O cigarro fabricado nessa na indústria clandestina de São Sepé é o 51, um dos mais populares no Paraguai e no Brasil. Ao preço de R$ 3 por maço (bem abaixo do custo normal), a estimativa é de que em um mês de funcionamento esse tipo de fábrica propicie R$ 8 milhões, de forma ilegal, aos criminosos.

 

 

fonte Gaúcha/ZH