Municípios da região declaram situação de emergência por causa da falta de chuva

Os municípios da região já sentem os efeitos da estiagem prolongada que atinge a região. O prefeito de Venâncio Aires, Giovane Wickert (PSB), assinou nesta segunda-feira, 6, o decreto que declara a situação de emergência nas áreas mais afetadas pela seca. Uma equipe técnica percorreu diferentes localidades do interior durante dois dias para fotografar e mapear as áreas com maiores problemas em consequência da escassez de chuva. Com o documento de situação de emergência, poderão ocorrer de forma menos burocrática a contratação de serviços, pedidos de auxílio de voluntários e outras ações.

Dados obtidos com a Emater apontam que a estiagem já causou danos de mais de R$ 40 milhões aos produtores rurais em Venâncio. As perdas são consideradas irreversíveis e abrangem mais de 1,5 mil famílias. O tabaco teve 9.150 hectares atingidos, representando uma perda de 14,9% da estimativa de produção. Isso representa mais de R$ 31 milhões que deixam de ser injetados na economia. Até o momento, os agricultores já colheram cerca de 85% da produção.

A safra normal do milho, plantado entre julho e agosto, terá um bom resultado. Já a chamada safrinha, plantada entre agosto e setembro, terá perdas de 35 a 40%. A produção de leite também deve ter redução de 15%, o que vai causar um aumento no preço do produto e derivados. A erva-mate também sofre com perda da qualidade, que deve afetar o preço de 5 a 10%. Já o setor de hortifruti enfrenta perdas de 60% neste período. O relatório sobre a falta de chuva aponta ainda prejuízos nas culturas de soja, feijão, bovinos de corte, arroz, suinocultura e pastagens.

Candelária  deve concluir  o levantamento dos prejuízos causados pela estiagem. Conforme o prefeito Paulo Butzge (PSB), o dano causado na agricultura já chega a 25% e deve aumentar nos próximos dias. As principais culturas afetadas são a soja, milho, fumo e a pecuária. Todas as regiões sofrem com a falta de chuva, mas a área mais afetada até o momento é a divisa com os municípios de Rio Pardo e Cachoeira do Sul.

O decreto de situação de emergência deve sair esta semana. A medida é importante para que o município possa receber recursos emergenciais para a redução dos impactos da seca. Segundo Butzge, já há famílias atingidas e um caminhão-pipa com água potável foi levado até a localidade do Pinheiro na semana passada.

O prefeito de Encruzilhada do Sul em exercício Álvaro Damé Rodrigues decretou situação de emergência devido à estiagem na última sexta-feira. Conforme o documento, na zona rural a deficiência hídrica é severa: há desabastecimento de água para o consumo humano e animal, córregos e sangas estão secando e o Rio Camaquã está com nível baixo e diversos locais de assoreamento. Os prejuízos na agricultura também são grandes nas lavouras e principalmente na pecuária.

Segundo o coordenador da Defesa Civil de Encruzilhada do Sul, Jorge André Barra Cardoso, a grande diferença nesta estiagem são as altas temperaturas, que já ocasionam deficiência alimentar, pois os cultivos de subsistência foram comprometidos.

 

 

 

fonte Portal GAZ