Federarroz avaliza escolha Guinter Frantz para continuar a frente do Irga

A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) emitiu nota nesta quarta-feira, 3 de abril, dando apoio e agradecendo o governo do Estado do Rio Grande do Sul pela manutenção do nome de Guinter Frantz à frente da presidência do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). No comunicado, a entidade ressaltou que, com este ato de recondução ao cargo o executivo gaúcho atende a vontade do Conselho Deliberativo do Irga ao indicar esta permanência na função, a medida que 80% dos conselheiros votaram favoravelmente à permanência do presidente.
Segundo a nota, Frantz possui perfil eminentemente técnico e alinhado com os interesses da lavoura arrozeira e demais entidades do setor orizícola do Rio Grande do Sul. No mesmo comunicado, a Federarroz destacou que aguarda a mesma postura para as indicações dos demais integrantes da diretoria do órgão. “Acreditamos que não há mais espaços para indicações políticas, à medida em que a lavoura arrozeira passa por uma grave crise e clara evidência de diminuição de área para a próxima temporada”, diz a nota.
O comunicado da Federarroz reforça ainda arroz possui o maior custo por hectare entre os grãos na rúbrica comercialização em função da Taxa CDO. Quando criada, era destinada à pesquisa, extensão, promoção, comercialização, estocagem e seguro agrícola de risco nomeado (granizo). “Hoje, devido ao volume produzido pelo Estado, a comercialização e a estocagem não são mais executados. A pesquisa e extensão passam por grave problema de evasão de servidores devido defasagem de salários, que provavelmente comprometerá ainda mais o futuro da atividade”, conclui a nota.
O engenheiro agrônomo Guinter Frantz foi presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) na gestão passada com o governador José Ivo Sartori.
Nota aos Oriziculores
 
A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) agradece o governo do Estado do Rio Grande do Sul pela manutenção do nome de Guinter Frantz à frente da presidência do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Ressaltamos que com este ato de recondução ao cargo o executivo gaúcho atende a vontade do Conselho Deliberativo do Irga ao indicar esta permanência na função, a medida que 80% dos conselheiros votaram favoravelmente à permanência do presidente.
 
Frantz possui perfil eminentemente técnico e alinhado com as necessidades da lavoura arrozeira e apoio das entidades do setor orizícola do Rio Grande do Sul. A Federarroz agora aguarda a mesma postura para as indicações dos demais integrantes da diretoria. Acreditamos que não há mais espaços para indicações políticas, à medida em que a lavoura arrozeira passa por uma grave crise e clara evidência de diminuição de área para a próxima temporada.
 
O arroz possui o maior custo por hectare entre os grãos na rúbrica comercialização em função da Taxa CDO. Quando criada, era destinada à pesquisa, extensão, promoção, comercialização, estocagem e seguro agrícola de risco nomeado (granizo). Hoje, devido ao volume produzido pelo Estado, a comercialização e a estocagem não são mais executados. A pesquisa e extensão passam por grave problema de evasão de servidores devido defasagem de salários, que provavelmente comprometerá ainda mais o futuro da atividade. A arrecadação total anual do CDO é de aproximadamente R$ 90 milhões, por ser descontado no momento da venda, possui custo ao produtor de R$ 100,00 a R$ 200,00 por hectare, dependendo da produtividade.
 
Para a Federarroz, há necessidade imediata de mudança no Irga para que esse instituto se modernize, prestando serviços de marketing além dos limites do Rio Grande do Sul e do Brasil, com tecnologia alimentar, que valorize seus servidores e realmente protagonize pesquisa de ponta na várzea.
 
O atual quadro do setor arrozeiro é extremamente delicado. A área plantada remete há 12 anos, infelizmente acompanhada pela produção, em função da descapitalização dos produtores e clima. O Rio Grande do Sul deverá colher 7,1 milhões de toneladas, representando um decréscimo de arrecadação de ICMS de mais de R$ 60 milhões somente na comercialização do grão. 
 
Para a próxima temporada, segue tendência de redução de área, principalmente na reconversão pela lavoura de soja. O crescente custo de produção, dificuldades de comercialização como ICMS de 12% no arroz em casca e influência do Mercosul contribuirão determinantemente para isso.
Texto: Nestor Tipa Júnior/AgroEffective