TCE suspendeu o processo de licitação do lixo em Cachoeira

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) suspendeu o processo de licitação do recolhimento do lixo em Cachoeira do Sul. O TCE deu um prazo de cinco dias para a Prefeitura dar explicações o que deve ser feito a partir desta quinta-feira (11), conforme o secretário de Meio Ambiente, Alexandre Radiske informou a Rádio Fandango AM/FM. Ele disse que vai buscar mais informações em uma reunião que será realizada ainda na manhã de hoje, para que o governo responda aos questionamentos do TCE.

Ele adiantou que a suspensão está baseada em três pontos: recolhimento convencional (cidade e interior), por contêniner e tem ainda a questão do deslocamento do lixo até Minas do Leão. Alexandre Radiske acredita que o TCE quer o desmembramento, para que o serviço, por exemplo, não fique somente com uma empresa, como é o caso hoje que está a cargo da Conesul.

No seu entendimento, desmembrar pode significar mais despesas, mas a decisão terá que ser tomada pelo Governo Ghignatti. “Acredito que seja uma questão de ajuste, mas todo o processo foi elaborado com a participação de auditores”, afirmou, acrescentando que o apontamento faz parte, mas existe tranquilidade da administração com relação ao assunto.

 

Licitações do lixo têm chamado atenção no Rio Grande do Sul. Afinal, os recursos investimentos se aproximam na maioria dos municípios perto de R$ 1 milhão. Em Cachoeira do Sul, o valor está na casa dos R$ 600 mil e há muito tempo é realizado pela Conesul.

Na terça-feira (9), o Ministério Público (MP) realizou em Bagé uma operação para cumprir decisão judicial que determinou o afastamento de dois secretários do município. Os responsáveis pelas pastas do Meio Ambiente e das Finanças são investigados por supostas fraudes em licitações envolvendo a coleta de lixo da cidade.