Colheita do arroz no Rio Grande do Sul está perto de atingir 90%

A colheita da safra 2017/2018 encaminha-se para a reta final no Rio Grande do Sul. Foram colhidos, até o momento, 954.935 hectares (ha) de arroz – 89,1% do total semeado de 1.071.377 ha. Os números da evolução da colheita foram divulgados na quinta-feira (3), pela Seção de Política Setorial do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), baseados nos dados fornecidos pelo Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater) e pelos Núcleos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nates). Até o período, a produtividade média é de 7.899 quilos por hectare.

A Fronteira Oeste é a mais adiantada e com maior produtividade, com 305.623 ha (96,5%) de área colhida, produtividade de 8.262 kg/ha, seguida pela Planície Costeira Externa, com 120.719 ha (92,3%) de área colhida, produtividade de 6.939 kg/ha; Planície Costeira Interna, 128.072 ha (89,9%) de área colhida, produtividade 7.447 kg/ha; Campanha, 138.216 ha (85,4%) de área colhida, produtividade de 7.985 kg/ha; Zona Sul, 145.682 ha (83%) de área colhida, produtividade de 8.169 kg/ha; e Depressão Central, 116.623 ha (81,1%) de área colhida, produtividade de 7.999 kg/ha.

A Planície Costeira Interna está com a terceira maior área colhida até o momento. A região abrange os Nates de Camaquã, General Câmara, Guaíba, São Lourenço do Sul e Tapes. O engenheiro agrônomo Ricardo Tatsch, responsável pela Coordenadoria Regional da Planície Costeira Interna do Irga, destaca as chuvas de novembro como fator que contribuiu para o atraso da semeadura na Planície Costeira Interna. Uma característica da região é o cultivo do germinado, que requer um período mais longo, de 15 a 20 dias a mais.

Faltando pouco mais de 10% de área a ser colhida, Tatsch informa que, apesar da regional estar próxima de concluir a colheita do cereal, poderia estar mais avançada se os volumes de chuvas tivessem sido menores durante a janela de plantio. A queda de granizo que atingiu os municípios de Eldorado do Sul, Guaíba, Nova Santa Rita, Tapes e Triunfo, no final de fevereiro e começo de março, resultou na perda de cerca de nove mil hectares.

“Apesar do número considerável de hectares atingidos, esse total afetará pouco nos números finais de área colhida e produtividade da região. Os produtores seguem sendo auxiliados pelas equipes dos Nates de suas cidades, no processo de entrega da documentação necessária para receber a indenização pela queda do granizo nas lavouras que foram danificadas”, acrescenta o coordenador.

O prazo final da entrega da documentação é 31 de maio do ano da ocorrência do sinistro. No ano passado, o Irga indenizou nove produtores por perdas com granizo, totalizando o valor de R$ 828.055,28.

Para conferir a evolução dos outros Nates, com seus respectivos municípios de abrangência, acesse aqui.