Farsul emite nota à sociedade sobre falta de ações do governo federal
A Farsul emitiu uma Nota Oficial à sociedade alertando sobre a falta de ações efetivas por parte do governo federal na busca por medidas para solucionar o endividamento dos produtores após a sequência de eventos climáticos que atingiram o Rio Grande do Sul. O documento destaque que até o momento não houv nem mesmo o voto do Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizando as prorrogações conforme consta no Manual de Crédito Rural (MCR). O alerta da Federação é de que a falta de efetividade por parte de quem pode solucionar o problema está levando o estado ao caos econômico.
Nota à Sociedade
A Farsul vem através desta nota lamentar e tornar pública a sua preocupação com a falta de ações efetivas do governo federal em relação às perdas ocorridas no Rio Grande do Sul.
Como é bastante conhecido pelo governo federal, o Rio Grande do Sul enfrenta uma crise de perdas decorrentes do clima sem precedentes na sua História, o que gerou um atraso econômico irrecuperável em relação aos demais estados e um endividamento de dimensão e perfil inadministráveis para um grande contingente de produtores
gaúchos.
É importante destacar que, apesar de todas as assustadoras informações de perdas e de endividamento relatadas pela Farsul ao governo federal, até este momento não tivemos sequer a publicação do voto do Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizando as instituições financeiras a cumprirem aquilo que já consta no Manual do Crédito Rural (MCR), apesar da reunião extraordinária da sexta-feira passada. Esta premeditada falta de ação tem gerado um verdadeiro caos, pois estamos em época de pleno vencimento de custeios, investimentos e prorrogações e o governo sabe perfeitamente disso, mas ao não votar a prorrogação opta por enviar centenas de milhares de produtores gaúchos para inadimplência ou para busca de soluções com juros de 2% a 3% ao mês.
Além do mais, a maior parte da dívida foi realizada com recursos livres, o que exige a criação de uma linha do Fundo Social do Pré-sal que até agora não se avançou de forma consistente.
O remédio, se chegar, de novo será pequeno, restrito e atrasado, diferente dos discursos e dos “outdoors” espalhados pelo país.