Parteira raiz: livro de Dona Livette é lançado a nível nacional em Novo Cabrais

Na segunda-feira (15) ocorreu o lançamento nacional do livro “Dona Livette, a Parteira Raiz: Uma Pioneira no Contexto da Política Higienista”. A estreia da obra se deu pelos canais do YouTube da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), do Observatório de Justiça Socioambiental Luciano Mendes de Almeida (OLMA) e da Cátedra de Direitos Humanos Dom Helder Camara.

 

O momento foi uma oportunidade para difundir a atividade de parteria tradicional e a história inspiradora de Livette Amália Lovato Piazza, conhecida como Dona Livette. Aos 97 anos, Dona Livette compartilhou sua experiência de mais de 35 anos realizando partos em Novo Cabrais e região, destacando a importância dos saberes ancestrais na arte de trazer vidas ao mundo.

 

Acompanhada pela parteira Eliane Scheele, pela historiadora Elma Sant’ana e pelo cientista político Luciano Miranda, Dona Livette presenteou com relatos tocantes sobre o gestar e o parir. Sua voz ecoou além das telas, alcançando autoridades municipais e familiares, que testemunharam o reconhecimento merecido à sua dedicação.

 

O encontro foi acompanhado por autoridades municipais e familiares da parteira, que em dezembro último, recebeu o título de honraria de Cidadã Honorária de Novo Cabrais. Participaram do encontro, o prefeito Leodegar Rodrigues, os vereadores Zauro Elias de Arreal, presidente da Câmara de Vereadores, Jonas Arreal, Angela Gelsdorf Dumke e Pedro Henrique Gewehr, e secretária de Educação, Rosana Kohls.

O livro, intitulado “Dona Livette, a Parteira Raiz”, traz sua história de vida e uma reflexão crítica sobre a política e a parteria tradicional.

 

Dona Livette realizou mais de mil partos, testemunhando mudanças sociais, econômicas e políticas ao longo do século 20, preservando os rituais e saberes tradicionais que tornam o nascimento uma experiência humana e sagrada.

 

O livro, lançado pela editora Casa Leiria, de São Leopoldo (RS), com o apoio do OLMA, destaca a importância de preservar e valorizar as parteiras tradicionais, que continuam a enfrentar desafios e restrições em sua prática.