Servidores públicos estaduais fazem ato contra reestruturação do IPE Saúde
Centenas de servidores públicos estaduais protestaram, nesta quarta-feira, em Porto Alegre, contra o projeto de reestruturação do IPE Saúde apresentado na semana passada pelo governador Eduardo Leite. Eles saíram em caminhada da sede do instituto e seguiram até o Palácio Piratini. O protesto repete ato realizado na mesma data em 2022. Na época, porém, a mudança no convênio médico público, cujo passivo é de R$ 250 milhões, não havia entrado na pauta.
“Este ato é contra mais este ataque do governo Leite que quer colocar esta conta, o problema da má gestão do IPE, nas costas do servidor (…) Esta pauta deve ser de toda a sociedade, pois são mais de 1 milhão de servidores do Estado que dependem do IPE Saúde”, salientou o presidente do Sindicato dos Servidores de Nível Superior do RS (Sintergs), Antônio Augusto Medeiros. “O governo está aplicando uma lógica de plano de saúde no IPE, mas não é assim”, pontuou.
Procurado, o IPE disse que Jatene “se colocou à disposição para receber alguns manifestantes”, mas eles não foram até o gabinete. Em nota, o instituto afirmou que há “transparência e diálogo em relação às mudanças apresentadas pelo governo”, e que, desde a semana passada, vêm sendo realizadas reuniões com diversas entidades representativas da sociedade, servidores, deputados e demais setores envolvidos para que as diferentes perspectivas possam ser ouvidas e analisadas em prol das melhorias que são necessárias para a sustentabilidade do sistema”.
Reforçou ainda que a reestruturação busca “promover o reequilíbrio financeiro e a qualificação do serviço prestado pelo IPE Saúde, tornando o instituto moderno e sustentável, garantindo um melhor atendimento a toda sociedade gaúcha”.
O projeto de reforma no convênio público, que ainda vai ser encaminhado à Assembleia Legislativa, prevê, entre outros itens, ampliação da alíquota cobrada dos titulares, de 3,1% para 3,6%, o início da contribuição para dependentes, mensalidades conforme a faixa etária e o aumento de 40% para 50% da coparticipação para consultas e exames.
Fonte Correio do Povo