Rendimento médio dos trabalhadores gaúchos fecha 2022 em R$ 3.204, o maior da Região Sul do País
O rendimento médio dos trabalhadores ocupados no Rio Grande do Sul fechou o quarto trimestre de 2022 em R$ 3.204, o que representa uma variação positiva de 10,7% em relação ao mesmo trimestre de 2021, quando foi de R$ 2.893.
O valor também ficou acima do registrado no terceiro trimestre do ano passado (R$ 3.136) e foi o maior entre os Estados da Região Sul do País nos últimos três meses de 2022, quando em Santa Catarina o rendimento médio foi de R$ 3.146 e no Paraná chegou a R$ 3.044. No Brasil, o rendimento médio dos ocupados no quarto trimestre de 2022 foi de R$ 2.808.
Os dados, divulgados nesta terça-feira (18), constam no Boletim de Trabalho do Rio Grande do Sul, publicado pelo Departamento de Economia e Estatística da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão.
O levantamento aponta duas tendências: enquanto no mercado de trabalho como um todo os dados relativos ao quarto trimestre de 2022 consolidam uma trajetória de aumento no nível de ocupação, queda na taxa de desemprego e recuperação no rendimento médio, quando considerado apenas o mercado de trabalho formal do período de 12 meses, entre fevereiro de 2022 e fevereiro de 2023, os números mostram uma evolução mais tímida e a manutenção de um perfil de trabalhadores mais jovens e com salários iniciais ainda abaixo do período pré-pandemia.
A publicação, elaborada pelos pesquisadores Guilherme Xavier Sobrinho e Raul Bastos a partir de informações da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) e do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), mostra ainda uma elevação da taxa de rotatividade dos trabalhadores no mercado formal tanto no Brasil quanto no RS.
Mercado de trabalho
Considerando o mercado de trabalho em geral, não apenas o de empregos com carteira assinada, o boletim aponta que a taxa de desocupação caiu para 4,6% no quarto trimestre de 2022 no RS, com queda em relação ao índice de 6% do trimestre anterior e na comparação com o mesmo período de 2021, quando estava em 8,1%.
A taxa de 4,6% foi a menor desde o primeiro trimestre de 2013, representando 289 mil pessoas no Estado. No Brasil, a mesma taxa fechou 2022 em 7,9%, enquanto Santa Catarina encerrou o ano com 3,2%, e o Paraná com 5,1%.
Fonte O Sul