Governo Lula diz que ao menos 2,5 milhões estão recebendo Bolsa Família indevidamente

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, afirmou em entrevista nesta quinta-feira, que o governo federal pretende fazer um “pente-fino” no Auxílio Brasil, que voltou a ser chamado Bolsa Família, para evitar fraudes. De acordo com o ministro, dos 21,8 milhões de beneficiários, ao menos 2,5 milhões recebem os recursos indevidamente.

“Vamos atualizar todo o cadastro. Há indícios muito grandes de que 2,5 milhões de beneficiários não preenchem os requisitos e estão [incluídos no programa] indevidamente”, declarou Dias  “Aprovamos a revisão do cadastro nessa quarta-feira, com o setor social, estados e municípios”, completou.

Os inscritos recebem R$ 600, valor garantido pela aprovação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC). O novo formato do Bolsa Família vai ser lançado em março, com pagamento de R$ 150 a mais para famílias com crianças de até 6 anos.

Para isso, os beneficiários deverão agendar atendimento em uma das 12 mil unidades dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) espalhadas pelo país. A partir da atualização de documentos, os dados serão cruzados com outras bases, como o Cadastro Único, a Caixa e a Previdência Social, além de informações dos municípios.

Atualização

Com base nesse cruzamento, o governo vai definir quem preenche os requisitos para continuar recebendo o benefício social. “Algumas pessoas estão há muito tempo sem atualizar o endereço, há situações de morte na família, por exemplo”, explicou o ministro.

De acordo com Dias, as fraudes no programa ocorreram devido à inclusão de diferentes membros da mesma família no banco de dados. “Houve fracionamento de famílias, com diferentes cadastrados. Agora, com o novo Bolsa Família, vamos fazer a união [dos dados], para voltar a trabalhar com os objetivos do programa”, declarou Dias.

O ministro disse ainda ter a intenção de usar o benefício social para impulsionar o empreendedorismo. “Dentro da inclusão socioeconômica, queremos abrir oportunidades. Mapear para onde estão indo investimentos da indústria, comércio e construção civil, encontrar pessoas em idade economicamente ativa, qualificá-las para essas oportunidades e apoiá-las para o empreendedorismo”, detalhou.

 

 

 

Fonte R7