Estudo estima que mais de 4 mil vidas de idosos foram poupadas, por ano, devido à vacina contra a covid-19 no RS

Durante reunião do Gabinete de Crise,  o governo do Estado apresentou estudo estimando que mais de 4,2 mil vidas de idosos foram poupadas por ano graças à vacinação contra a covid-19. Para obter esta estimativa, foi comparada a taxa de mortalidade por covid-19 por 100 mil pessoas-ano do grupo com dose de reforço com a taxa do grupo com esquema primário completo há mais de 120 dias (ou seja, com a dose de reforço em atraso).

O dado consta no Boletim Epidemiológico, realizado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde, vinculado à Secretaria da Saúde, que analisou dois cenários, em três faixas etárias (de 12 a 39 anos; 40 a 59 anos; 60 anos ou mais), sendo a dos idosos a que apresentou o maior número potencial de vidas preservadas em razão da vacinação. O primeiro cenário traz razões de riscos entre taxas de mortalidade por 100 mil pessoas-ano, conforme a situação vacinal, por faixa etária; e o número potencial óbitos evitados caso toda a população estivesse com dose de reforço, em comparação com um cenário no qual toda a população estivesse com esquema vacinal primário completo há mais de 120 dias.

Entre os idosos, o estudo apontou que a razão de riscos para óbito foi 4,4 vezes maior para não vacinados em comparação com vacinados com esquema primário completo sem atraso e 7,7 vezes maior para não vacinados em comparação com vacinados com dose de reforço.

Na faixa dos 12 a 39 anos, conforme o estudo, a razão de riscos para óbitos foi 5,8 vezes maior para os não vacinados em relação aos com esquema primário completo e 6,3 maior para não vacinados comparados a vacinados com dose de reforço. Nesse grupo, o estudo demonstrou que o número potencial de óbitos evitados é de pouco mais de 50 por ano. Já, na faixa dos 40 aos 59 anos, o risco de óbito para quem não tomou vacina e quem teve o esquema primário completo sem atraso é de 5,7 e salta para 11,5 mais para os não vacinados comparados àqueles com dose de reforço, mas mais de 430 óbitos foram evitados com o esquema vacinal.

“Esse estudo demonstra que quem não se vacinou está muito exposto ao risco. Então, é sempre válido ressaltar a importância da vacinação. Esse é o alerta que deixamos para as pessoas”, afirmou o governador Ranolfo Vieira Júnior.