Estado vai receber três lotes de vacinas contra a covid para crianças em janeiro

O Ministério da Saúde divulgou na quarta-feira (5) que a vacinação contra Covid de crianças de cinco a 11 anos começará ainda neste mês, com as doses pediátricas da Pfizer. O envio do primeiro lote com 1,248 milhão de unidades está previsto para 14 de janeiro, um dia após a chegada da remessa inicial acertada com a farmacêutica – outras duas, ambas com  1,248 milhão de doses, estão previstas para os dias 20 e 27, totalizando 3,7 milhões unidades em janeiro.

Mas como ficará a distribuição das vacinas aos Estados?

Assim como no rateio para adultos e adolescentes, o Ministério da Saúde respeitará o coeficiente de representatividade de cada Estado para direcionar as doses. Com isso, o Rio Grande do Sul, que tem 968,9 mil crianças na faixa dos cinco aos 11 anos, receberá 4,73% dos imunizantes direcionados às secretarias estudais da Saúde.

O Estado, portanto, receberá 180 mil doses pediátricas da Pfizer em janeiro, divididas em três remessas de 60 mil unidades.

 A Secretaria  Estadual de Saúde Arita Bergmann já descartou a possibilidade do ano letivo começar com todos estudantes nesta faixa etária vacinados contra Covid.As 180 mil doses também não serão capazes de suprir o grupo prioritário (comorbidades e deficiências permanentes, indígenas e quilombolas), formado por cerca de 200 mil crianças no RS.

 — O processo de imunização vai ocorrer durante o primeiro trimestre. Esse período inclui o mês de março e o ano letivo começa, em muitos casos, ainda em fevereiro. Por isso, não teremos condições (de garantir a vacinação a tempo) — destacou Arita.

Detalhes da vacinação

O esquema vacinal será com duas doses, com intervalo de oito semanas entre as aplicações. O tempo é superior ao previsto na bula da vacina da Pfizer. Na indicação da marca, as duas doses do imunizante poderiam ser aplicadas com três semanas de diferença.

A vacinação das crianças seguirá uma ordem de prioridade:

  • Crianças de cinco a 11 anos com deficiência permanente ou comorbidades;
  • Crianças indígenas e quilombolas;
  • Crianças que moram com pessoas que possuem alto risco para a covid-19, como idosos, por exemplo.

Em seguida, a imunização será ampliada para crianças sem comorbidades, na seguinte ordem:

  • 10 a 11 anos;
  • oito a nove anos;
  • seis a sete anos;
  • cinco anos.

fonte Gaúcha/ZH