Menos mortes e casos não indica fim da circulação do coronavírus, diz Fiocruz

A Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) divulgou, nesta quinta-feira, o boletim do Observatório da Covid-19, referente à semana epidemiológica de 26 de setembro a 2 de outubro, e alertou que mesmo com a constante queda no número de novos casos e de mortes por Covid-19, a circulação do vírus segue ativa no Brasil.

Os pesquisadores reafirmam a necessidade de manter as medidas preventivas para tentar barrar a circulação do coronavírus. Sendo que o Índices de Permanência Domiciliar está próximo a zero, desde de o mês de julho.

Mesmo com as pessoas vacinadas, os pesquisadores lembram que os imunizantes não evitam completamente a infecção e a transmissão do vírus. A recomendação é de que, enquanto o país caminha para um patamar ideal de cobertura vacinal, medidas de distanciamento físico, uso de máscaras e higienização das mãos sejam mantidas e que a realização de atividades com concentração e aglomeração de pessoas só aconteçam com comprovante de vacinação.

“Não é prudente e oportuno falar em prazos concretos e datados para o fim da pandemia, e sim em garantir que tomemos as medidas necessárias para que este dia possa se aproximar mais rápido”, afirmam os cientistas.

No período avaliado, a média de óbitos foi de 500 óbitos por dia, o que indica queda expressiva em relação ao pico de abril, quando o índice era de três mortes. Porém, esses números indicam a continuidade da transmissão e da incidência de casos graves que exigem cuidados intensivos.

Ao longo da última semana foram registrados média de 16,5 mil casos confirmados e 500 óbitos por Covid-19, uma pequena alta do número de casos (0,4 % ao dia) e queda no número de óbitos (0,7% ao dia). A circulação de pessoas nas ruas e a positividade de testes permanecem altas.

“A irregularidade do fluxo de notificação serve como alerta para as consequências de decisões por vezes inoportunas ou baseadas em dados incompletos e atrasados. A tendência de estabilidade ou redução desses indicadores, mesmo considerando as oscilações verificadas nas últimas semanas epidemiológicas, demonstra que a campanha de vacinação está atingindo um dos seus principais objetivos, qual seja, a redução do impacto da doença, produzindo menos óbitos e casos graves, no entanto, sem o bloqueio da transmissão do vírus. Ao observar no tempo a evolução dos óbitos e da cobertura vacina, chama atenção o fato de que as curvas possuem direção oposta” afirmam os pesquisadores.

 

 

 

fonte Correio do Povo