Programa emergencial evitou que mais de 12 milhões perdessem emprego na pandemia, diz Ministério da Economia

O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, comemorou nesta terça-feira (20) os resultados do programa emergencial Benefício Emprego e Renda (BEm) e os dados de geração de emprego do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em webinário organizado pelo Banco Mundial e pela pasta, Bianco afirmou que as ações desenvolvidas pelo governo federal durante a pandemia estão em linha com conclusões de um estudo do órgão internacional.

— Criamos de imediato, com ordem do presidente da República e do ministro Paulo Guedes, o auxílio emergencial, que protegeu e está protegendo mais de 60 milhões de brasileiros e brasileiras, protegendo o emprego informal, gerando renda e subsistência — disse Bianco.

— Em paralelo lançamos o BEm, um dos mais bem sucedidos do mundo no que toca a preservação de empregos formais e evitamos que mais de 12 milhões tivessem o emprego formal perdido.

O secretário defendeu a qualidade do BEm ao dizer que o Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou apenas 0,7% de irregularidades nos pagamentos do programa. O secretário ainda afirmou que o governo deve manter o projeto de reduzir a burocracia e buscar novos modelos de contratos de trabalho “mais fluídos e mais leves”, em casos que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não é capaz de abarcar.

Bianco comemorou ainda a geração líquida de cerca de 1,2 milhão de postos de trabalho no acumulado de 2021, no que classificou de “saída da maior crise da história do Brasil.” O secretário comparou o resultado aos mesmos períodos de 2015 e 2016, quando o Caged registrava saldo negativo de 243 mil vagas e 448 mil vagas, respectivamente.

Mão de obra e qualificação

O diretor de programas do Ministério da Economia, Luis Felipe Oliveira, disse que as ações da pasta na área de trabalho e emprego estão em linha com recomendações de um estudo divulgado nesta terça-feira, 20, pelo Banco Mundial sobre o setor na América Latina. Segundo Oliveira, a medida provisória (MP) do contrato de trabalho verde e amarelo mira a integração dos jovens no mercado de trabalho.

— O foco é de contratação de jovens, vulneráveis, pessoas de primeiro emprego que não tiveram oportunidade — argumentou Oliveira, durante o webinário.

— O foco desses programas não só está na empregabilidade, mas também na promoção da qualificação desses trabalhadores.

Já o secretário do Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, afirmou que o grande desafio do Brasil é a informalidade no mercado de trabalho. Segundo o secretário, no mercado formal, é necessário ter políticas para “receber” pessoas que ficam desempregadas, como seguro-desemprego e de qualificação.

 

 

fonte Gaúcha/ZH