Ministério da Saúde estuda ampliar vacinação contra Covid em grávidas

O Ministério da Saúde estuda ampliar sua recomendação atual sobre vacinação de grávidas contra Covid-19 para sugerir que todas as gestantes recebam a vacina, foi o que disse nesta sexta-feira (16) o secretário de Atenção Primária da pasta, Raphael Câmara Medeiros Parente. A recomendação atual, em linha com o que preconiza a OMS (Organização Mundial da Saúde), foi feita há um mês e sugere que as grávidas com fatores de risco, como comorbidades, sejam vacinadas contra a doença.

Em nota técnica de 15 de março, o Ministério da Saúde recomendou a vacinação de gestantes “que possuam alguma comorbidade preexistente”, como, por exemplo, diabetes, hipertensão arterial crônica, obesidade, doença cardiovascular ou sejam transplantadas ou imunossuprmidas. A recomendação é que essas grávidas sejam vacinadas de acordo com os grupos prioritários estabelecidos no calendário do PNI (Plano Nacional de Imunização).

“Nós já estamos em tratativas avançadas, mas é importante lembrar que a gestação é por definição um período trombótico. Nós temos que ter muito cuidado porque algumas vacinas, mesmo que de forma muito rara, estão mostrando alguns efeitos colaterais neste sentido e a gente sabe que, com grávida, além de se preocupar com a grávida, temos que nos preocupar com o bebê também.”, foi o que disse Raphael Câmara.

Na Europa foram registrados alguns casos de coágulos sanguíneos raros em algumas poucas pessoas que receberam a vacina da AstraZeneca contra a covid-19 e, nos Estados Unidos, também foram relatados casos de coágulos raros também em uma pequena quantidade de pessoas que receberam a vacina da Johnson & Johnson.

A OMS recomenda que, embora existam poucos dados sobre a segurança das vacinas para gestantes, as grávidas com comorbidades ou alta exposição ao coronavírus, como as profissionais de saúde, sejam vacinadas após consulta com especialista em saúde.