Duas dezenas de professores protestam em frente ao Piratini, contra calendário de volta às aulas no RS

A proposta do Governo do Estado para retomada das aulas no Rio Grande do Sul foi alvo de um protesto nesta quarta-feira. Entidades representativas de professores das redes pública e privada lideraram o ato que contonou com duas dezenas de pessoas em frente ao Palácio Piratini.

No calendário do Palácio Piratini, alunos do Ensino Infantil voltariam para a escola no dia 31 de agosto. Os ensinos Superior, Médio e Fundamental II voltariam em setembro. Já os anos iniciais do Ensino Fundamental teriam as aulas presenciais retomadas em outubro. As datas são as mesmas para as escolas públicas e particulares.

A presidente do CPERS, professora Helenir Schürer, ressaltou que sem a queda de casos de Covid-19 e uma vacina contra a doença, não é possível reabrir as escolas. “Nós não podemos permitir que as crianças sirvam de cobaias, inclusive para ver se vai ter contaminação ou não”, afirmou. “Para nós, não é o momento. As escolas não têm estrutura para receber os alunos”, completou a presidente da entidade.

A presidente do sindicato dos professores da rede estadual ainda lembrou que muitas escolas não têm recursos humanos suficientes para cuidar da higienização e do controle dos alunos. Helenir Schürer citou a falta de equipamentos de proteção para funcionários e professores que já atuam em regime de plantão. “O governo não consegue sequer pagar o nosso salário em dia, que é uma obrigação. Agora, no papel, nos protocolos, está tudo muito lido, tudo maravilhoso. Só que, nas escolas, nada disso acontece”, protestou. “O governo não se preparou”, completou a professora.

 

 

 

 

fonte Rádio Guaíba