Corsan promete investir nas comportas da Ponte do Fandango para não ficar dependendo de bombas submersas

Os constantes problemas enfrentados no abastecimento de água em Cachoeira do Sul em razão da estiagem deste verão levaram a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) a decidir por investir no conserto das comportas da Ponte-Barragem do Fandango. A notícia foi dada nesta terça-feira (31) pelo diretor financeiro da estatal, cachoeirense Jorge Melo, em entrevista concedida ao Programa Rádio Repórter, da Rádio Fandango FM.

Embora as comportas sejam de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), Melo explicou que a Corsan pretende acelerar financeiramente uma solução para o baixo nível das águas do Jacuí na chamada montante, que é o lado de cima do Rio Jacuí tendo como referência a Ponte do Fandango. “Vamos a fundo nesta questão. Nem que a Corsan pague o conserto e depois seja ressarcida (pelo Dnit)”, salienta Melo, que já foi presidente da Corsan. Ele deve solicitar celeridade na reforma ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas.

Com as comportas sem manutenção há anos, o nível do Rio Jacuí baixa drasticamente em períodos de estiagem como o enfrentado neste final de 2019. Do último dia 25 (Natal) até agora, a Corsan tem enfrentado problemas para manter Cachoeira do Sul abastecida com água potável.

Com a baixa no nível do Rio, que está a mais de dois metros abaixo do normal, a Companhia teve de instalar uma bomba submersa no leito do rio, em substituição às flutuantes que funcionam quando o Jacuí possui volume normal de água. Situações como esta não são comuns, pois em secas mais severas, como a de 2011/2012, por exemplo, a Corsan conseguiu abastecer plenamente a cidade.

Captação normal nesta terça-feira

Nesta terça-feira, segundo a Corsan, a captação de água bruta funciona a pleno com a bomba instalada no Rio Jacuí. Para garantir a segurança no abastecimento, uma bomba reserva já foi providenciada para Cachoeira do Sul.

Na noite desta segunda-feira (30), diversos pontos das zonas norte, leste e oeste de Cachoeira enfrentaram problemas com abastecimento. O reservatório da Corsan na Rua Ivo Becker, em frente ao Cemitério Municipal, chegou a operar com 70% da capacidade em meio a uma demanda crescente devido ao alto consumo causado pelo calorão de quase 40°C.

A situação só foi normalizada em toda a cidade na madrugada desta terça-feira.

 

 

 

 

Jornal O Correio