Bolsonaro culpa entressafra pela alta da carne e diz que preço vai diminuir

O presidente Jair Bolsonaro afirmouque a alta do preço da carne no Brasil se deve a uma entressafra e disse que isso vai ser revertido.

— Tô levando pancada sobre o preço da carne. Estamos em uma entressafra, vai diminuir esse preço, pessoal está investindo cada vez mais. Mas não é fácil você ser agricultor também — disse em transmissão ao vivo pelas redes sociais.

A fala foi feita durante uma apresentação do Ministério da Agricultura no Palácio do Planalto em que estavam presentes Bolsonaro e os ministros da Agricultura, Tereza Cristina; da Casa Civil, Onyx Lorenzoni e da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes.

Intitulada “A sustentabilidade do agronegócio brasileiro”, a fala foi conduzida por uma assessora da ministra da Agricultura, Mariane Crespolini, que é diretora do Departamento de Produção Sustentável e Irrigação da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação da pasta.

— Alguns falam em redes sociais que tem que ter um tabelamento. Na Venezuela é tudo tabelado. Vai lá comprar carne — disse, acrescentando que não vai baixar o preço do produto “na canetada”.

Tereza Cristina também minimizou a alta da carne, dizendo ser algo temporário.

— Presidente, é temporário, o senhor pode garantir à população que nós temos o maior rebanho comercial do mundo. Isso foi um período, uma seca, a entressafra do boi, mas a arroba já baixou para o produtor e agora precisa abaixar na gôndola — disse.

Durante a apresentação, Mariane disse, sem dar detalhes, que existem pesquisadores sérios que negam que exista alteração climática. Ela culpou a imprensa por fazer “barulho” sobre o tema.

— Mudanças climáticas existem? Acho que a gente está assim, em uma discussão radinho. Tem muito pesquisador bom, de credibilidade, que mostra que não existe. Mas o barulho que a opinião pública e alguns jornalistas estão fazendo é quase um Rock in Rio. Aí eu coloquei uma reflexão: se elas existem ou não, presidente, nós temos resultados para quem acredita. Então, o Brasil tem a solução para isso — afirmou a assessora.

 

fonte Gaúcha/ZH