Governo do Estado estuda alterar projeto do plano de carreira dos professores

Quase duas semanas após ter enviado para a Assembleia Legislativa o pacote de projetos que modificam as carreiras do funcionalismo público, o governo do Estado passou a avaliar mudanças em cima do que foi proposto para os professores. Diante das críticas da base aliada e da grande adesão a greve,  o governador Eduardo Leite e sua equipe planejam alterações no quadro de subsídios, especialmente.

No texto protocolado na Assembleia, o maior salário básico é de R$ 3.887,30. A ideia é aumentar esse valor, mas também aumentar a progressividade. Ou seja: para chegar até o valor máximo, será preciso ganhar mais promoções ao longo da carreira.

Os professores estão em greve desde segunda-feira passada (18) em protesto ao pacote encaminhado pelo governador aos deputados. Entre outras reivindicações, o Cpers, entidade que representa os educadores, quer a aplicação do piso do magistério dentro do atual plano de carreira nacional, cujo maior salário é de R$ 7.673,22. Essa possibilidade, no entanto, está descartada. Além disso, a entidade reclama que o projeto dá aval para o congelamento dos salários por muitos anos porque os penduricalhos (triênios, avanços, difícil acesso, convocação, classe especial, insalubridade) se tornarão parcela autônoma e eventuais reajustes serão descontados dos avanços na carreira que já compõem o contracheque.

Alguns deputados da base aliada, além dos da oposição, já manifestaram contrariedade às propostas do governo do Estado, principalmente nos aspectos que atingem os professores. As maiores bancadas da Assembleia não anunciaram apoio ao pacote. Há também parlamentares que ainda não entenderam as mudanças e, por isso, não conseguem defendê-las.

O projeto passará a trancar a pauta a partir do dia 17 de dezembro no Legislativo.

 

 

 

fonte Gaucha/ZH