Contratações temporárias no Comércio Gaúcho em 2019 acompanham cenário pouco otimista da economia

Com sinais ainda pouco promissores de melhora no cenário econômico, a contratação de funcionários temporários no varejo gaúcho deve sofrer impacto. De acordo com pesquisa divulgada pela Fecomércio-RS nesta quinta-feira (26/09), apenas 29,5% dos estabelecimentos abordados relataram ter intenção de reforçar o seu quadro funcional com a contratação de temporários.

O estudo buscou determinar o perfil das contratações de temporários e consultou 384 estabelecimentos entre 26 de agosto e 4 de setembro, em cinco municípios: Porto Alegre, Santa Maria, Pelotas, Ijuí e Caxias do Sul que pretendiam contratar temporários. As lojas de vestuário compõem 48,2% do número total de entrevistados, seguidas por acessórios (23,2%) e calçados (13%). Para acessar o material clique aqui.

Entre as empresas que pretendem admitir novos colaboradores, a iniciativa deve representar incremento de 34,6% na força de trabalho. A maioria das contratações é para suprir as atividades de vendas/comercial (93,8%) e caixa/crediário (12,8%). Em comparação com 2018, 50,7% deve contratar volume de funcionários semelhante ao ano passado, enquanto 19,3% pretende aumentar e 30% possui projeção inferior. Ainda, entre os varejistas que pretendem admitir novos colaboradores, 55,7% não haviam iniciado as contratações até a realização da pesquisa, enquanto 44,3% já haviam admitido ao menos um funcionário. Com relação à quantidade total de contratações pretendidas, ainda restavam 68,3% das vagas abertas.

Sobre as formas de admissões, é possível perceber que a reforma trabalhista ainda não surtiu efeitos práticos sobre o comércio: apenas 2,3% afirmaram que optarão por regime de contrato de trabalho intermitente e 0,5% admitirão terceirizados. Dentre os 384 estabelecimentos pesquisados, 61,5% contará com algum tipo de exigência no momento da contratação de temporários. Dentre os critérios, destacam-se experiência (40,4%) e grau de instrução (19%). Disponibilidade de horário também é um elemento importante entre as exigências feitas pelos contratantes. Apesar do grande desemprego, muitos estabelecimentos reportam dificuldades na contratação, destacando a falta de qualificação dos candidatos (48,2%) às vagas disponíveis.

A maior parte dos estabelecimentos darão início às atividades até novembro enquanto a maior parte dos contratos devem ser encerrados entre dezembro e fevereiro. Porém, a expectativa é que 39,8% dos temporários sejam efetivados.