Estado já registrou oito casos de meningite bacteriana em 2019

O Rio Grande do Sul já registrou oito casos de menigite desde o começo do ano, conforme balanço da Secretaria Estadual da Saúde (SES). Deste total, houve dois casos com morte, ambos em São Leopoldo.

A pasta não informou quais são as cidades onde os casos foram registrados. Segundo a SES, todos esses são casos de meningite bacteriana, considerada a mais grave. Este é o único tipo da doença que precisa ser notificado imediatamente à secretaria quando o exame clínico aponta suspeita. A meningite também pode ser causada por vírus ou fungos, mas, nestes casos, o tratamento é mais simples, e a doença, menos agressiva.

O secretário de Saúde de São Leopoldo, Ricardo Brasil Charão, descartou  que o  município esteja vivendo um surto da doença já que os casos são de tipos diferentes de meningite:

— O surto se caracteriza quando há casos relacionados entre si, dentro do espaço e do tempo, e uma mesma patologia. O que nós temos em São Leopoldo é um caso que ocorreu há 21 dias, de outro tipo, em um local diferente da cidade.

Vacinação  na rede pública

A meningite pode ser transmitida por vírus, fungos ou bactérias, sendo a meningite bacteriana a mais grave delas. Os principais sintomas são febre e manchas vermelhas no corpo, mas isso pode variar dependendo da bactéria que transmitiu a doença, segundo a SES.

A vacina meningocócica C, disponível na rede pública, protege contra o tipo C da bactéria Neisseria meningitidis. Entre as formas de meningite bacteriana causadas por esse agente, o tipo C é o mais comum.

As doses recomendadas são aos três e cinco meses de idade, com um reforço aos 12 meses. Crianças e adolescentes dos 11 aos 14 anos também têm recomendação da vacina, com a aplicação de dose única.

O SUS distribui ainda outros tipos de vacinas contra meningite que estão previstas no calendário de vacinação das crianças.

  • Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite pneumocócica. Doses recomendadas: aos dois meses (1ª dose), quatro meses (2ª dose) e uma de reforço aos 12 meses.
  • Pentavalente: protege contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo B, como meningite, e também contra difteria, tétano, coqueluche e hepatite B. São três doses recomendadas: aos dois, quatro e seis meses, com reforços aos 15 meses e quatro anos.
  • BCG: protege contra as formas graves da tuberculose, principalmente em sua forma mais grave, que pode evoluir para uma meningite. Recomendação: dose única ao nascer.

Em todo o Rio Grande do Sul, são 1,8 mil postos de saúde que oferecem imunização, segundo a SES.

fonte Gaúcha/ZH