FETAG crítica alteração no processo para obtenção da aposentadoria rural

As mudanças no processo para a aposentadoria rural, que começam a valer nesta quarta-feira (20), seguem causando desconforto. Uma das razões apontadas pelo governo para a alteração seria a de combater fraudes e irregularidades.

Entidades sindicais rebatem os argumentos do governo federal. A  FETAG/ RS afirmou, em nota, que não foi apontado onde e quem teria fraudado a Previdência. Acrescentou que a medida “tem como foco desmobilizar e aniquilar a ação dos sindicatos”.

Até janeiro deste ano, o documento de comprovação de trabalho no campo era feito pelos sindicatos.  A partir de quarta-feira (20),o encaminhamento será via  INSS, onde o agricultor deverá preencher a autodeclaração de exercício da atividade.

Pela medida provisória que mudou o sistema, a previsão era de que a tarefa ficaria com órgãos de assistência técnica e extensão rural, o que inclui a EMATER. Havia preocupação de como os extensionistas seriam preparados para absorver essa nova função. Na sexta-feira (15), o governo federal anunciou então que a tarefa ficará com o INSS.

  • Publicada em 18 de janeiro, a medida provisória 871/2019 mudou o processo para o pedido de aposentadoria rural.
  • Até então, os sindicatos de trabalhadores rurais ficavam responsáveis pela emissão de documento para comprovação do tempo de serviço.
  • A partir da medida, o produtor poderá fazer uma autodeclaração, que será validada pelo INSS.
  • O segurado especial poderá continuar agendando seu atendimento no INSS pelo número 135. O tempo médio de espera, segundo o governo, é de 14 dias.

fonte Gaúcha/ZH