A renda domiciliar per capita no Brasil ficou em 1.268 reais em 2017, apontou o IBGE

O rendimento domiciliar per capita do Brasil ficou em R$ 1.268 em 2017, conforme levantamento divulgado nesta quarta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os dados fazem parte da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua).

De acordo com o levantamento, o maior rendimento per capita foi observado no Distrito Federal (R$ 2.548) – mais que o dobro da média nacional. Já o menor foi registrado no Maranhão (R$ 597) – menos da metade da média nacional.

De acordo com o IBGE, o rendimento domiciliar per capita é o resultado da soma dos rendimentos recebidos por cada morador, dividido pelo total de moradores do domicílio. Essas estimativas servem como base para o rateio do FPE (Fundo de Participação dos Estados), conforme definido pela Lei Complementar nº 143, de julho de 2013.

A PNAD Contínua é uma pesquisa domiciliar que, a cada trimestre, levanta informações socioeconômicas em mais de 211 mil domicílios, distribuídos em cerca de 3.500 municípios do País, segundo o IBGE.

Rendimento médio

O rendimento médio real habitual (R$ 2.169) no trimestre de novembro de 2017 a janeiro de 2018 ficou estável frente ao trimestre de agosto a outubro de 2017 (R$ 2.149) e também em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.135).

A massa de rendimento real habitual (R$ 193,8 bilhões) ficou estável quando comparada ao trimestre móvel de agosto a outubro de 2017. Frente ao mesmo trimestre do ano anterior, houve aumento de 3,6%, ou um acréscimo de R$ 6,8 bilhões.

Força de trabalho

No 4º trimestre de 2017, a taxa de subutilização da força de trabalho (que agrega os desocupados, os subocupados por insuficiência de horas e os que fazem parte da força de trabalho potencial) ficou em 23,6%, o que representa 26,4 milhões de pessoas. No 3º trimestre de 2017, para Brasil, essa taxa foi de 23,9% e, no 4º trimestre de 2016, de 22,2%. Já a taxa média anual para 2017 ficou em 23,8%.

Entre as unidades da Federação, no 4º trimestre de 2017, o Piauí (40,7%), a Bahia (37,7%), Alagoas (36,5%) e Maranhão (35,8%) apresentaram as maiores taxas de subutilização da força de trabalho e as menores taxas foram em Santa Catarina (10,7%), Mato Grosso (14,3%), Rio Grande do Sul (15,5%) e Rondônia (15,8%).

A taxa de desocupação no 4º trimestre de 2017 (11,8% no Brasil) apresentou redução de 0,6 ponto percentual na comparação com o 3º trimestre de 2017 (12,4%) e ficou estatisticamente estável frente ao 4º trimestre de 2016 (12,0%). Ainda na comparação com o 3º trimestre de 2017, houve retração desse indicador em quase todas as regiões: Norte (de 12,2% para 11,3%), Nordeste (de 14,8% para 13,8%) e Sudeste (de 13,2% para 12,6%). O Nordeste (13,8%), apesar da queda na comparação trimestral, permaneceu com a maior taxa de desocupação entre todas as regiões. Na comparação anual a taxa recuou nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, permanecendo estável no Sudeste e no Sul.>

No 4º trimestre de 2017, as unidades da federação que apresentaram as maiores taxas de desocupação foram Amapá (18,8%), Pernambuco (16,8%), Alagoas (15,5%), Rio de Janeiro (15,1%) e Bahia (15,0%). As menores taxas de desocupação foram observadas em Santa Catarina (6,3%) Mato Grosso do Sul (7,3%), Mato Grosso (7,3%), Rondônia (7,6%) e Rio Grande do Sul (8,0%).

Pela primeira vez, a Pnad Contínua traz dados sobre o desalento. No 4º trimestre de 2017, o contingente de desalentados foi de 4,3 milhões, o maior da série histórica iniciada em 2012. O Nordeste tinha 59,7% do total de desalentados. Entre as unidades da federação, os maiores contingentes estavam na Bahia (663 mil) e Maranhão (410 mil). A taxa de desalento no 4º trimestre ficou em 3,9% da força de trabalho ampliada do Brasil, com Alagoas apresentando a maior taxa entre as unidades da Federação (15,4%).

Considerando o emprego com carteira de trabalho assinada na iniciativa privada (exceto empregados domésticos), apenas a Região Norte apresentou expansão em relação a 2016: de 59,4% para 61,0%, enquanto as demais registraram queda na proporção desses empregados.

No que tange à composição da população ocupada no 4º trimestre de 2017, o Sudeste e o Centro-Oeste tinham mais empregados, o Norte e o Nordeste mais trabalhadores por conta própria.

A participação da população preta no contingente de pessoas desocupadas aumento de 9,6% em 2012 para 11,9% em 2017.