Projeto deverá barrar aumento do ICMS no RS durante o Regime de Recuperação Fiscal

O Piratini confirmou  através da assessoria da Casa Civil, que encaminhará para a Assembleia, em março, projeto de lei que proíbe os próximos governos de aumentarem os três principais impostos estaduais durante a vigência do Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Caso o Estado venha a aderir ao contrato com a União, segundo a proposta do Executivo estadual, ficarão vedadas alterações no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) e Imposto sobre Transmissão por Causa Mortis e Doação (ITCMD) por até seis anos.

O projeto corresponde a um compromisso assumido em plenário pelo líder do governo, deputado Gabriel Souza (PMDB). A iniciativa irá contemplar pedidos de aliados, que haviam sido feitos por emendas ao PLC 249, o qual foi aprovado na madrugada de 8 de fevereiro, autorizando o Estado a aderir ao RRF.

A vedação de aumento das alíquotas tributárias, no entanto, deverá reduzir o eventual efeito do Regime de Recuperação Fiscal, pelo qual o governo pretende obter carência de 36 meses sem pagar as parcelas da dívida com a União, o que significa, em projeção do Piratini, um fôlego nas finanças estaduais de R$ 11,3 bilhões em três anos. “O aumento das alíquotas, que foi aprovado em setembro de 2015 e deixará de vigorar em 31 de dezembro desse ano, representa o incremento de quase R$ 2,2 bilhões ao ano. Em três anos, serão cerca de R$ 6,5 bilhões a menos. Isso tira mais da metade do efeito positivo que tem sido projetado pelo governo com a adesão ao regime”, aponta o vice-líder da bancada do PT, deputado Luiz Fernando Mainardi.