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FETAG-RS recebe MDA, MAPA e Banco do Brasil para tratar do endividamento rural no Estado

A FETAG-RS recebeu, na sede da Federação, representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e do Banco do Brasil para discutir a situação de endividamento que afeta agricultores e pecuaristas familiares no Rio Grande do Sul.

Participaram da reunião José Henrique Silva, secretário-adjunto do MDA; Guilherme Melo, secretário de Política Agrícola do MAPA; Gilson Bittencourt, vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil; e Ricardo Sehn, superintendente de Varejo do Banco do Brasil no Estado.

A pauta central foi a MP 1.314, que trata da renegociação das dívidas rurais. A FETAG-RS apresentou relatos encaminhados pelos sindicatos e agricultores sobre dificuldades de acesso à medida, lentidão na operacionalização e casos de produtores que, mesmo atendendo aos critérios, não foram enquadrados.

O presidente da Federação, Carlos Joel da Silva, reforçou a urgência de ajustes imediatos:

“Nós precisamos que a MP 1.314 funcione plenamente. O agricultor que tem direito não pode ser impedido por falhas operacionais. A FETAG-RS seguirá cobrando soluções para que ninguém fique para trás.”

A Federação realizará um levantamento dos produtores que ainda não conseguiram acessar a medida, a fim de subsidiar novas cobranças junto ao governo federal.

Outro tema discutido foi a baixa cobertura do Proagro e do Seguro Rural. Atualmente, apenas 10% da área agrícola do Estado conta com proteção, deixando a maior parte dos agricultores vulnerável aos riscos climáticos — especialmente diante da possibilidade de uma nova estiagem. A FETAG-RS reforçou a necessidade de liberação dos recursos contingenciados do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural, medida essencial para garantir segurança, continuidade da produção e estabilidade aos agricultores familiares.

Além disso, a Federação cobrou do MAPA e do MDA que o governo aplique imediatamente sanções antidumping. Até o momento, o governo manteve apenas as investigações sobre a prática de dumping, sem adotar medidas concretas para impedir a entrada de leite estrangeiro no país. A FETAG-RS destacou que é necessário suspender imediatamente a liberação do leite importado da Argentina, garantindo proteção ao mercado interno e aos produtores locais.

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