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Confaz aprova congelamento do ICMS sobre combustíveis até 31 de março

Greve de caminhoneiros causa desabastecimento de combustível em postos de gasolina da cidade de Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro.

O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), formado pelos secretários da Fazenda de todos os estados e do Distrito Federal, aprovou na manhã desta quinta-feira, 27, por unanimidade o congelamento do ICMS sobre os combustíveis até 31 de março de 2022. Nessa quarta-feira, os governadores defenderam a prorrogação do prazo, que terminaria em 31 de janeiro, por mais 60 dias.

Com o congelamento, o imposto que incide sobre o preço médio ponderado ao consumidor final, que é reajustado a cada 15 dias, o chamado preço de pauta, ou PMPF (Preço Médio Ponderado a Consumidor Final), fica inalterado pelo prazo definido. No Rio Grande do Sul é R$ 6,17. Cada Estado tem competência para definir a alíquota. Segundo dados da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis (Fecombustíveis), ela varia entre 25% e 34% na gasolina, dependendo do Estado.

Em comunicado, governadores de 20 estados, mais o Distrito Federal, defenderam a prorrogação do congelamento, que começou em novembro do ano passado, com validade por 90 dias. “Nesse sentido, diante do novo cenário que se descortina, com o fim da observação do consenso e a concomitante atualização da base de cálculo dos preços dos combustíveis, atualmente lastreada no valor internacional do barril de petróleo, consideram imprescindível a prorrogação do referido congelamento pelos próximos 60 dias”, disseram em nota.

Os chefes dos executivos estaduais afirmam ser imprescindível a extensão da iniciativa até que soluções estruturais para a estabilização dos preços sejam estabelecidas. Eles se referem ao projeto de lei 1472/2021, já aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, e que estabelece uma espécie de “colchão” de amortecimento dos preços.

Além disso, o texto força uma alteração na política de preços da Petrobras, voltada para a paridade internacional de preços dos combustíveis. A escolha por prorrogar o congelamento acontece também após o governo federal iniciar a articulação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para zerar a cobrança de tributos federais sobre os combustíveis e energia, e que autorizaria a redução dos tributos pelos Estados.

Dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo) indicam que o preço da gasolina aumentou quase 50% em 2021. Nesta semana, o valor médio do litro do combustível subiu 0,8% e chegou a R$ 6,66. O diesel aumentou 2,9%, a R$ 5,58.

 

fonte Rádio Guaíba

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