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Mais de 80% dos internados não completaram o esquema vacinal contra a Covid-19

O chefe do médico da UTI, Everton Padilha Gomes, examina uma radiografia de tórax de um paciente em um hospital de campo criado para tratar pacientes que sofrem da doença por coronavírus (COVID-19) em Guarulhos, São Paulo

O avanço da variante Omicrom tem provocado o aumento na taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva para Covid  na rede SUS do país. De acordo com levantamento da Fiocruz, dez estados brasileiros e o Distrito Federal estão na zona de alerta intermediário, com taxas de ocupação entre 60% e 80%.

Especialistas da Fiocruz reforçam a necessidade de aumentar a cobertura vacinal na população, incluindo a dose de reforço para dar uma proteção mais efetiva contra a variante Ômicron.

Um levantamento feito mostra que em pelo menos quatro capitais brasileiras mais de 80% das pessoas internadas com Covid-19 não estão com o esquema vacinal completo.

No Rio de Janeiro, 88% dos pacientes hospitalizados não completaram as duas doses ou não se vacinaram. Em uma semana, o número de internações aumentou 317% somente na rede pública da capital.

Em Belo Horizonte, o cenário se repete. De acordo com a prefeitura, 81% dos internados com Covid-19 nos hospitais públicos e privados não tomaram as duas doses.

De acordo com a secretaria de saúde do Amazonas, na capital – Manaus – mais de 89% (89,66%) dos pacientes não vacinados estão internados. Mais de 45% deles, estão em leitos de UTI.

No Distrito Federal, o percentual de não vacinados ou que tomaram apenas uma dose e estão hospitalizados chega a 90%, segundo a secretaria de saúde.

O infectologista da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Marco Lago, reforça que a vacinação contra a Covid impede que a doença evolua para casos graves, que eventualmente necessitem de internação.

“A chance de a doença evoluir em quem não se vacinou é muito maior do que quem tem a vacinação completa. Isso é um fato e os números de internados confirmam isso. A grande maioria não recebeu todas as doses necessárias e, quem recebeu e está internado, são apenas pessoas do grupo de risco”, explica o infectologista. Lago destaca ainda que a população precisa entender que todos vão ser impactados pela variante Ômicron.

Ainda segundo o boletim da Fiocruz, houve um aumento importante do número de casos de Covid-19 nas últimas duas semanas. A média chegou a 49 mil por dia, uma diferença de seis vezes maior que o observado no início de dezembro de 2021. Em contrapartida, segundo a Fiocruz, não houve aumento significativo no número de mortes.

De acordo com os especialistas, a redução da gravidade dos casos de Covid-19 se deve à alta cobertura da vacinação. Já em países com baixa cobertura vacinal, como alguns da Europa Oriental e do Oriente Médio, a letalidade ainda é alta. O que demonstra que a variante Ômicron pode, em contextos de baixa cobertura vacinal, causar um aumento de quadros clínicos graves e levar à morte grande parte dos infectados.

 

 

 

fonte CNN Brasil

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