Seca: Deputado Schuch sai frustrado de audiência com Ministério da Agricultura

Presidente da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar, o deputado Heitor Schuch (PSB/RS) classificou como “decepcionante” a reunião com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, realizada de forma virtual nesta segunda-feira (23) para tratar sobre a seca no Rio Grande do Sul. No encontro, proposto pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag/RS) e entidades gaúchas, foi entregue uma pauta de reivindicações do setor. De concreto, no entanto, nenhuma medida foi anunciada. “Muito frustrante, a impressão que dá é que ninguém sabe nada dentro do ministério, todos perdidos. Acho que estamos na mão de São Pedro mesmo, porque se depender do governo não teremos solução”, lamentou Schuch.

 

Entre as medidas de ajuda solicitadas estão agilidade na emissão do Relatório de Comprovação de Perdas (RCP) para fins de de Proagro e seguro agrícola para permitir a implantação de outra cultura na mesma gleba; criação de linha crédito para custeio de milho emergencial, sem impacto no risco bancário e no limite de crédito para que seja possível implantar outro empreendimento; aumento da oferta de milho  balcão no RS com o envio de pelo menos 100 mil toneladas; e o aumento do limite de consumo para bovino de leite de 60 kg/mês para 120 kg/mês neste mesmo programa. Também foi reforçada a necessidade de implementação do auxílio emergencial referente ao coronavírus para os agricultores familiares, demanda encaminhada logo no início da pandemia, aprovada pelo Congresso Nacional porém vetada por duas vezes pelo presidente Bolsonaro.

 

De acordo com Schuch, a situação das lavouras é grave por cauda da falta de chuva, e o relato dos produtores é desesperador, com o Estado enfrentando estiagem pelo segundo ano consecutivo. “Precisamos de medidas concretas e urgentes. Há quase três meses já havíamos relatado o problema da falta de milho balcão e, apesar das promessas da Conab, nada foi feito a respeito”, afirma, lembrando que os cortes no Orçamento dos principais programas do setor previstos para o próximo ano tende a piorar ainda mais a situação.