Conselho Municipal de Trânsito questiona interferência de Ghignatti no projeto do Estacionamento Rotativo

A redução de 20% para 12% na arrecadação do Estacionamento Rotativo por decisão do prefeito de Cachoeira do Sul, Sérgio Ghignatti, repercute entre os órgãos ligados ao tema. Segundo o presidente da Conselho de Trânsito, Hilton De Franceschi, a situação denunciada é grave e merece atenção dos setores responsáveis. “Isso é uma vergonha. Não tem explicação. Como pode abrir mão de 8% da arrecadação?”, questiona ao lembrar que estimativas apontam cerca de R$ 5 milhões recolhido ela empresa vencedora do Estacionamento Rotativo na cidade. Ou seja, o projeto original elaborado pelo ex-secretário Luciano Lara renderia aos cofres da Prefeitura em torno de R$ 1 milhão por ano. Mas Ghignatti reduziu o percentual sem explicar motivos. “Foi feito um outro projeto e apresentado para a Câmara”, salienta De Franceschi.

Consultado  o advogado Lino Munhoz mostrou estranheza com o caso. “Acredito que já existem elementos suficientes para o Ministério Público tomar uma posição a respeito. Afinal, aparenta até renúncia de receita”, justifica.

Internamente, a Câmara de Vereadores já ventila a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as circunstâncias da decisão do prefeito e as razões que basearam sua decisão. Ainda em abril de 2018, uma empresa foi constituída por um grupo local, mesmo antes da intenção de Ghignatti ser divulgada ao público em geral. A situação suscita a ideia de que os responsáveis tiveram acesso a informações privilegiadas sobre o processo.

 

 

Fonte Jornal O Correio