Impasse na Justiça do Trabalho continua impedindo travessia de Balsa no Jacuí

A volta do serviço da balsa no Rio Jacuí, em Cachoeira do Sul, que foi interrompido nesta quarta-feira (29), por uma ação judicial segue sem possibilidade de retorno. A Travessia Vitória que administra o funcionamento da balsa foi alvo de uma ação trabalhista, envolvendo um funcionário, que tem envolvimento na balsa do São Lourenço.

A decisão judicial determinou o recolhimento de 30% do valor arrecadado diariamente. O empresário Roman Garber, um dos donos da Travessia Vitória, decidiu interromper o serviço, pois considerou que o percentual de 30% iria onerar de forma direta a empresa. Segundo o advogado da Travessia Vitória, Bruno Bastos, em entrevista na Rádio Fandango AM/FM, nesta quinta-feira (30), toda a documentação sobre a constituição da empresa e informações de que o funcionário (Edi Simon) não faz parte do contrato social foram encaminhados à Justiça. “O Edi está devidamente registrado em carteira. Está justificado que ele apenas um funcionário, mas que pelo seu conhecimento auxilia e às vezes coordena o serviço”, destacou o advogado.

Ele disse que se trata de uma ação trabalhista de 2012 que já penhorou maquinário da balsa do São Lourenço e que não entende os motivos que levaram a Justiça a envolver a Travessia Vitória. “O funcionário que sofre ação concedeu entrevistas sobre o funcionamento do serviço e o juiz considerou que havia indícios de que ele era sócio”, afirmou Bruno.

No seu entendimento, o empresário Roman Garber procedeu corretamente. “Nenhuma empresa que perde 30% do rendimento bruto consegue se manter, por isto, a decisão de suspender o serviço até que tudo fique esclarecido”, observou, acrescentando que Roman Garber ainda tomou outra decisão: dar como garantia no processo a Balsa Vitória, já que a Deusa do Jacuí é locada de um empresário de Taquari.